Garrafas contaminadas com metanol. O Instituto de Criminalística da Polícia Científica de São Paulo afirmou que a perícia em dois grupos de garrafas de bebidas alcoólicas destiladas, apreendidas em fiscalizações na capital paulista, apontou que as concentrações de metanol encontradas indicam que a substância foi adicionada, não sendo produto da destilação natural.

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Questionado, o instituto não divulgou a quantidade de garrafas analisadas nesses dois grupos nem os tipos de bebida. Os locais em que as garrafas foram apreendidas também não foram informados.

Metanol e antídoto

metanol

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi o convidado da semana no programa Alt Tabet, do Canal UOL. Em uma conversa franca sobre um tema que tem chocado o país, a contaminação de bebidas alcoólicas com metanol, o ministro destacou que o Brasil já dispõe do antídoto para tratar os casos de intoxicação.

Padilha explicou que existem dois medicamentos principais usados no combate ao envenenamento por metanol. Um deles é o etanol farmacêutico, já disponível em unidades do SUS. O outro é o fomepizol, um medicamento importado e utilizado em caráter emergencial para reforçar o atendimento diante do aumento de casos suspeitos.

Segundo o Padilha, o governo anunciou a compra de 2,5 mil unidades de fomepizol, que devem chegar ao SUS nas próximas semanas. “O Fomepizol, que já foi usado em alguns lugares, não tem comercialização no Brasil”.

O ministro ressaltou que a situação é anormal e requer um esforço conjunto entre o governo federal, estados e municípios.

Registramos, em média, cerca de 20 casos de intoxicação por metanol por ano, ao longo dos últimos dez anos. Portanto, o cenário atual é fora do comum”, concluiu o ministro.

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