Uma moção de repúdio a Escola de Samba Vai-Vai causou discussão entre os vereadores Marcos Caetano (PL) – autor da propositura e a vereadora Professora Juliana (PT).
Ao justificar o repúdio, Caetano disse que a escola recebeu dinheiro “público” da Lei Rouanet. Logo em seguida, Juliana pediu a palavra e rebateu Caetano, dizendo que os recursos da Lei Rouanet, na verdade, são privados e o governo apenas autoriza a captação do dinheiro. Após a “corrigida” de Juliana, Caetano, que não sabia da informação, ainda tentou argumentar que o dinheiro poderia ser usado em outros projeto, mas não “colou” pois a informação errada já havia sido verbalizada.
Na verdade, que também não foi trazida por nenhum dos dois vereadores, a escola sequer usou o recurso autorizado (2,1 milhões), pois não conseguiu captar nem os 20% mínimos exigidos.
No final das contas, a moção acabou sendo adiada a pedido do vereador Juninho Dias (MDB).
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LEI ROUANET – A Lei, ao contrário do que disse o vereador Marcos Caetano, permite que pessoas físicas ou jurídicas destinem parte do Imposto de Renda a projetos culturais aprovados pelo Governo Federal, ou seja, o dinheiro não é público.
VAI-VAI – No Carnaval deste ano, A Vai-Vai celebrou os 40 anos da cultura Hip-Hop no Brasil. Uma das alegorias da escola de samba fazia parte do samba-enredo “Capítulo 4, Versículo 3 – Da rua e do povo, o Hip Hop: um manifesto paulistano”, que fez homenagem ao álbum de 1997 do Racionais MC’s, “Sobrevivendo no Inferno”.
No desfile, a polêmica foi o uso de asas vermelhas e chifres em fantasias representando agentes da tropa de choque, o que foi entendido pelo sindicato dos delegados como “demonização da polícia”.
O caso gerou bastante repercussão no meio político, com pronunciamento de repúdio, também, do Governador o Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
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