Morreu nesta quinta-feira o poeta mato-grossense Manoel de Barros, aos 97 anos. Internado desde o dia 24 de outubro no Hospital Proncor, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, Barros deu entrada na unidade para tratar uma obstrução intestinal. Na quarta-feira, ele era mantido sedado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), com condição clínica instável, segundo boletim médico. A causa da morte ainda não foi divulgada. 
No início de 2014, Barros teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC), que o deixou sem andar, falar e escrever e passou a ficar aos cuidados da mulher, Stella, e da única filha viva, Martha, na casa da família, em Campo Grande. O poeta havia perdido seus dois filhos homens, João e Manoel, em 2007 e 2013, respectivamente.
Autor de duas dezenas de livros de poesia, Barros também se aventurou pela literatura infantil, em que retratou as mesmas paisagens rurais dos versos e rememorou sua própria infância. Vencedor de dois prêmios Jabuti, em 2002, por O Fazedor de Amanhecer, e em 1990, por O Guardador de Águas, o poeta também foi reconhecido por prêmios da Academia Brasileira de Letras (2000 e 2012) e do Ministério da Cultura (1998).
O sepultamento do escritor será no cemitério Parque das Primaveras, em Campo Grande. Ainda não há informações sobre o velório.