Cientistas da Nasa disseram na quinta-feira (15) que o veículo espacial Perseverance encontrou rochas biologicamente interessantes em um antigo leito de lago que podem indicar a existência de vida microbiana em Marte a bilhões de anos atrás.
Desde seu pouso em 2020, o rover tem perambulando pelo local de um antigo delta seco do rio marciano conhecido como a Cratera Jezero. O robô possui sete instrumentos científicos, incluindo câmeras e dois microfones que registraram os sons do vento em Marte e seu pouso.
Na quinta-feira, os gerentes da missão forneceram uma atualização sobre o que o veículo descobriu enquanto explorava os quase 13 quilômetro da cratera marciana.
“Esta missão não está procurando por coisas vivas que estão vivas hoje”, disse Ken Farley, cientista do projeto Perseverance. “Em vez disso, estamos olhando para um passado muito distante, quando o clima de Marte era muito diferente do que é hoje, muito mais propício à vida.”
A equipe científica agora acredita que antes de conter um leito de lago, a cratera tinha alguma atividade vulcânica ativa, até mesmo um lago de lava.
Os cientistas disseram que várias amostras de rochas coletadas em Marte contêm moléculas orgânicas associadas à vida. Duas amostras de rochas, em particular, foram coletadas de rochas que deixaram a equipe científica animada.
As rochas, a cerca de 20 metros de distância, ofereceram amostras muito diversas, mas cada uma com um alto valor científico, disse o cientista de retorno de amostras da Perseverance, David Shuster. No entanto, ambas as amostras têm algo em comum.
“Ambas essas rochas são compostas de sedimentos que foram transportados por água líquida”, disse Shuster, acrescentando que ambas as rochas sofreram alterações envolvendo água. “Assim, essas rochas se formaram e registram indícios de um ambiente habitável”,
Usando o instrumento do rover, para analisar a área onde o rover coletou as amostras, a equipe encontrou a maior concentração de matéria orgânica ainda durante a missão. As amostras são do tamanho de um dedo mindinho e são armazenadas em tubos até que uma missão de acompanhamento possa coletar as rochas marcianas da Perseverance em 2030.