Um novo protocolo de atendimento com foco na identificação de possíveis suspeitas de infecção pelo novo coronavírus está sendo implantado na rede municipal de saúde de Nova Odessa. A partir de agora, profissionais que atuam no acolhimento das UBS’s (unidades básicas de saúde) e do Pronto-Socorro do Hospital e Maternidade Municipal ‘Dr. Acílio Carreon Garcia’ passarão a perguntar aos usuários se estiveram na China ou tiveram contato com alguém que viajou ao país asiático nos últimos 14 dias. O conjunto de medidas, que também prevê três leitos para isolamento especial de eventuais infectados no hospital, além de uma série de procedimentos a serem adotados por médicos e enfermeiros, foi anunciado na tarde desta quarta-feira (5) pela Secretaria de Saúde do município.
“Os pacientes que responderem sim e apresentarem sintomas leves receberão uma máscara e serão orientados a ficarem em casa por duas semanas, no que chamamos de isolamento social com tratamento dos sintomas, e contarão com acompanhamento de profissionais da UBS na qual estão acostumados a receber atendimento”, explicou a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Paula Mestriner.
Os casos mais graves, que exigirem internação, serão encaminhados imediatamente ao Hospital Municipal, onde permanecerão em isolamento até serem transferidos para o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na capital paulista. “Lá, temos dois leitos na Clínica Médica preparados para o atendimento desses pacientes até o encaminhamento a São Paulo e um terceiro no PS [Pronto-Socorro], que chamamos de Sala Amarela, equipado para casos mais graves, que precisarem de ventilação”, afirmou Paula.
De acordo com a coordenadora, médicos e enfermeiros da rede municipal estão recebendo orientação sobre o uso de máscaras para contato com pacientes com suspeita da doença.
Ao abrir a reunião técnica, o secretário de Saúde, Vanderlei Cocato, pediu a colaboração de todos os funcionários da rede de chamou a atenção para importância da adoção de medidas preventivas. “Enquanto algumas cidades criaram comitês de crise após o registro de suspeitas, estamos nos antecipando e elaborando nosso plano de ação. Nosso hospital recebe pacientes de toda a região. Por isso, se faz necessário um protocolo para que, surgindo um caso suspeito, estejamos preparados”, disse o secretário.
Também participaram do encontro a secretária-adjunta de Saúde, Solange Strozzi; a médica infectologista da rede, Silvana Marquez de Souza; a coordenadora das unidades básicas de saúde, Lucilene Della Ponta Araújo; a diretora da Vigilância em Saúde, Priscila Peterlevitz; a supervisora de saúde hospitalar do HM, Adriana Welsch; e profissionais de enfermagem.
DESCARTADOS. Os três casos suspeitos na região de Campinas – dois em Paulínia e um em Americana – foram descartados nesta quarta pela Secretaria Estadual de Saúde. O Governo do Estado ainda monitora quatro casos suspeitos, na capital e em Bauru. O número de suspeitos no Brasil caiu para 11 casos. Nenhum caso foi confirmado no país.