O que já se sabe sobre os probióticos?

Eles podem ajudar a equilibrar a microbiota intestinal, a fortalecer a imunidade e até melhorar o humor, mas não fazem milagres. Entenda o que a ciência realmente confirma sobre os probióticos

Leia + sobre  saúde 

Presentes em alimentos e suplementos, os probióticos ganharam fama de aliados da saúde intestinal e do sistema imunológico. Mas, entre tantas promessas, ainda há dúvidas sobre o que é fato e o que é exagero.

A seguir, a nutricionista Carolina Chevallier, Gerente Sênior de Assuntos Científicos da Herbalife para as Américas Central e do Sul, esclarece as principais dúvidas sobre o que a ciência já comprovou — e o que ainda está em estudo — sobre esses microrganismos.

1. Todo alimento fermentado tem probióticos?

Para que um alimento seja considerado probiótico, ele precisa conter microrganismos vivos (bactérias) comprovadamente benéficos em quantidade suficiente até o momento do consumo. Por esse motivo, nem todo alimento fermentado tem probiótico. Em muitos casos — como acontece com pães e vinhos — o processo de produção elimina as bactérias vivas que existiam.

2. Iogurtes podem ser boas fontes de probióticos?

Sim, mas nem todos. Todos os iogurtes são alimentos fermentados elaborados com cepas de bactérias lácticas, mas apenas alguns possuem cepas probióticas adicionadas, ou seja, aquelas que têm um benefício à saúde comprovado. Alguns iogurtes contêm cepas probióticas vivas e ativas, outros, não. Por isso, é importante diferenciar os iogurtes sem e com probióticos, sempre verificando quais são os micro-organismos contidos, e a quantidade, indicada em “unidades formadoras de colônias” (UFC).

3. Quanto mais micro-organismos diferentes o alimento ou suplemento tiver, melhor ele é?

A presença de diferentes micro-organismos (ou cepas) não significam mais eficácia. O que importa é a especificidade e a comprovação científica de cada micro-organismo para determinada função. Algumas cepas são eficazes para diarreia associada a antibióticos; outras, para constipação ou imunidade — e misturar muitas pode até reduzir o efeito. Por isso, é importante verificar se o alimento ou suplemento com múltiplas cepas tem respaldo científico — ou seja, se os estudos clínicos foram feitos com a mesma combinação e quantidade de micro-organismos.

4.Os probióticos podem influenciar o humor e a saúde mental?

Há estudos promissores sobre o eixo intestino-cérebro, mostrando que cepas específicas podem influenciar na produção de neurotransmissores e reduzir sintomas leves de ansiedade e depressão. Mas ainda são necessários mais estudos para ser considerada uma comprovação científica, além disso, o uso de cepas não substitui tratamentos convencionais.

5. Probióticos podem contribuir para fortalecer o sistema imunológico?

Revisões sistemáticas mostram que o uso regular de determinadas cepas pode estimular a produção de células de defesa e reduzir a incidência de algumas infecções. Mas é importante verificar especificamente qual cepa foi usada, em que quantidade (expressa em unidades formadoras de colônias, ou UFC) e em qual população os estudos foram realizados (como bebês, crianças, pessoas doentes etc.).

6. Probióticos ajudam a restaurar a microbiota intestinal após o uso de antibióticos?

Os antibióticos atuam tanto nas bactérias que estariam causando uma enfermidade quanto nas bactérias boas, aquelas atuam no processo de digestão e absorção de nutrientes no intestino. Por isso, a ideia de consumir probióticos após o uso desse tipo de medicamento parece contribuir para acelerar a recuperação da microbiota intestinal. Mas lembre-se: a recomendação deve ser individualizada e com orientação profissional.

7. Os probióticos podem influenciar no intestino imediatamente?

Não. Os efeitos não são imediatos e variam entre pessoas. É comum levar semanas de uso contínuo para notar melhora. Além disso, fatores como dieta, uso de antibióticos e estresse influenciam a resposta.

8. Probióticos ajudam a emagrecer?

Embora existam indícios de que a microbiota intestinal possa influenciar o metabolismo, ainda não há consenso científico que comprove que os probióticos provoquem uma perda de peso significativa. Os efeitos observados costumam ser modestos e dependem tanto da cepa específica utilizada quanto do plano alimentar.

9. Qualquer pessoa pode tomar probióticos?

Em geral, os probióticos são seguros para pessoas saudáveis. No entanto, não são indicados para pessoas imunossuprimidas — ou seja, aquelas com o sistema imunológico debilitado, como pacientes em tratamento contra o câncer, que fazem uso prolongado de corticoides, passaram por transplantes ou vivem com doenças que comprometem as defesas do organismo. Nesses casos, o uso deve ser indicado e acompanhado por um profissional.

10. O uso de probióticos dispensa acompanhamento profissional?

A escolha da cepa, da dosagem e da duração do uso deve considerar o objetivo (saúde digestiva, imunidade, saúde feminina etc.) e o estado clínico do paciente. Portanto, o ideal é que nutricionistas e médicos indiquem o tipo o mais adequado e orientem como e por quanto tempo usá-lo.

medicamento - o que se sabe sobre probióticos

Sobre a Herbalife Ltd.
A Herbalife (NYSE: HLF) é uma empresa, comunidade e plataforma líder em saúde e bem-estar que vem mudando a vida das pessoas com excelentes produtos de nutrição e uma oportunidade de negócios para seus distribuidores independentes desde 1980. A empresa oferece produtos de qualidade, respaldados pela ciência, para consumidores em mais de 90 mercados. Eles são comercializados por distribuidores independentes que oferecem acompanhamento personalizado e uma comunidade de apoio que inspira os clientes a adotarem um estilo de vida mais saudável e ativo. Para mais informações, acesse www.Herbalife.com

+ NOTÍCIAS NO GRUPO NM DO WHATSAPP