Há algum tempo, temos observado a gradativa sofisticação dos apps, que passam a ativar simultaneamente várias funcionalidades dos celulares, tais como conectividade, localização espacial do usuário e veiculação de diferentes informações gráficas na tela. O sucesso do Pokémon Go, com seus mais de 100 milhões de downloads em menos de um mês, acrescentou mais uma, a realidade aumentada.
“Essa tendência dos aplicativos vai fazer com que a médio prazo os smartphones mais populares tenham de fazer um upgrade na sua capacidade de processamento e de aproveitamento de energia”, observa Samir Vani, gerente sênior de Vendas Corporativas para a América Latina da MediaTek.
Vani lembra que aplicativos como o Waze e o Moovit, por exemplo, já exigem do usuário a manutenção da internet e do GPS ligados para poder obter as informações sobre trânsito e coletivos, ao mesmo tempo, que são impactados por propaganda, acionando a tela do celular por longo tempo. Isso consome bateria e memória do aparelho e, consequentemente, o poder de processamento da CPU tem de dar conta da demanda.
Por serem de qualidade gráfica superior, jogos eletrônicos como o Asphalt 8: Airborne, de corrida, desenvolvido e lançado pelo Gameloft, constituem mais um exemplo da tendência, demandando capacidade acima da média atual de processamento da CPU e também da GPU, a unidade central de processamento gráfico, e da bateria.
No caso do Pokémon Go, o jogo une o mundo virtual – concebido em 3 dimensões na tela do smartphone – a elementos da realidade que cercam o jogador, criando um ambiente misto e interativo típico da realidade aumentada e do geoprocessamento. Embora seja o primeiro a dar fama a essa tecnologia e possa constituir apenas uma febre passageira, seu sucesso tende a ser perseguido daqui para frente no segmento de entretenimento.
Além disso, já se encontram disponíveis nas lojas da web dezenas de apps de realidade aumentada. Entre eles, os de aplicação na saúde, para ampliar o conhecimento, saber das condições meteorológicas, ajudar nas compras e até se informar sobre os crimes que foram cometidos recentemente ao seu redor.
Na linha da sofisticação dos apps, o vídeo streaming e a realidade virtual também despontam. Centenas de aplicações de realidade virtual abastecem os consumidores dos diversos modelos de óculos, que se multiplicam no mercado, fazendo parte dessa nova onda que se aproxima.
“Vislumbramos um ambiente para o qual o chipset do smartphone tenha sido construído com uma arquitetura adequada”, diz Vani. “No caso da nossa empresa, optamos pela arquitetura multi-core, que aplicada à linha MediaTek helio, está preparada para suprir a fabricação de smartphones de maior desempenho e eficiência energética a preços compatíveis com a massificação das tecnologias envolvidas na evolução dos apps.” Os chipsets da linha MediaTek helio apresentam inteligência de processamento e de consumo de bateria que podem representar até 30% de economia de energia.