Nesta quinta-feira (14), a Polícia Civil de Paulínia cumpriu um mandado de busca e apreensão contra um homem de 57 anos, suspeito de comercializar atestados médicos falsos e outros documentos irregulares. A operação contou com pelo menos dez policiais e ocorreu em um comércio na Vila dos Industriários, em Sumaré. Foi revelado um esquema que atingia empresas e instituições de diversas cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas).
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De acordo com o delegado Ricardo Zinn, o caso começou a ser investigado depois que uma empresa (mercado) denunciou uma funcionária por apresentar um atestado médico fraudulento. “O uso do atestado é crime. Isso gerou prejuízos para as empresas. Descobrimos que a funcionária nunca havia se consultado com o médico indicado no documento”, explicou. Durante as buscas da Polícia Civil, foi apreendida uma grande quantidade de atestados médicos falsificados.
Encontrados pela Polícia Civil
Também foram encontrados carimbos de médicos e receituários de uso controlado, inclusive para medicamentos e anabolizantes, além de pelo menos 50 certificados escolares falsos, contendo nomes de escolas da região. Outros itens localizados foram papéis e carimbos de hospitais e unidades de saúde de Paulínia, Sumaré, Campinas e Hortolândia. A investigação também apontou que os certificados falsos poderiam ter sido utilizados para conseguir empregos ou participar de concursos públicos.
Lembrando que pode responder criminalmente não apenas quem falsifica, mas também quem utiliza documentos falsos. O investigado neste caso responderá por falsificação de documento público e privado, além de crimes relacionados à venda de medicamentos controlados. A Polícia Civil continua identificando possíveis compradores dos documentos para ampliar as investigações e chegar até mais pessoas.
A respeito da origem dos carimbos, a investigação aponta que alguns pertencem a médicos que registraram B.O.s (Boletins de Ocorrência) por furto ou perda, enquanto outros ainda não foram identificados e podem ter sido apenas falsificados. O acusado já tinha passagem pela polícia pelo mesmo crime e, respondendo agora também por contrabando de cigarros e venda ilegal de anabolizantes.