Prince e Purple rain.

Ele foi um dos ícones da música na década de 80 e suas canções fazem sucesso até hoje. O cantor e compositor americano completaria 65 anos, nesta quarta-feira, dia 07, se estivesse vivo, e o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) aproveitou a data para fazer um estudo sobre as músicas mais tocadas do artista no Brasil.

“Purple rain” foi o destaque do levantamento e ficou na liderança do ranking das canções de autoria de Prince que os brasileiros mais ouviram nos últimos 10 anos nos principais segmentos de execução pública. Na segunda e terceira posições desse ranking ficaram “Kiss” e “Nothing compares 2 U”, que ficou conhecida na voz da Sinead O’Connor.

O artista tem um total de 1.175 obras musicais e 609 gravações cadastradas no banco da gestão coletiva da música no Brasil. As obras musicais são as suas composições, com letra e/ou melodia. Já as gravações são registros de obras musicais disponibilizadas de forma digital (como no streaming) ou em suporte físico (como um DVD). Com isso, uma mesma obra musical pode ter diferentes gravações, como, por exemplo, a original, uma versão acústica ou um show gravado para um DVD. Essas gravações podem ter sido feitas por Prince ou outros intérpretes e em qualquer país.

Prince nos deixou em 21 de abril de 2016, aos 57 anos. O cantor e compositor, assim como qualquer artista estrangeiro, tem os seus direitos autorais de execução pública garantidos no país porque as associações de gestão coletiva (Abramus, Amar, Assim, Sbacem, Sicam, Socinpro e UBC) possuem contratos de representação ou reciprocidade com sociedades estrangeiras da mesma natureza em todo o mundo. Desta forma, quando uma música estrangeira é tocada, o Ecad arrecada os valores referentes aos direitos autorais dessa execução e os distribui para as associações brasileiras, que garantirão os repasses a esses artistas de outros países.

Além disso, como determina a Lei dos Direitos Autorais (9.610/98), os herdeiros de Prince terão direito a receber os rendimentos por suas canções por 70 anos após a sua morte (ou de autores parceiros, no caso de músicas feitas em parcerias).

Ranking das músicas de autoria de Prince mais tocadas no Brasil nos últimos 10 anos nos principais segmentos de execução pública (Rádio, Shows, Música ao vivo, Casas de Festas e Diversão, Sonorização Ambiental, Carnaval e Festa Junina)

Prince, 65. Purple rain é sua música mais tocada no Brasil

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Posição Música Autores
1 Purple rain Prince
2 Kiss Prince
3 Nothing compares 2 U Prince
4 When doves cry Prince
5 Manic monday Prince
6 Raspberry beret Prince
7 I feel for you Prince
8 1999 Prince
9 I wanna be your lover Prince
10 Love thy will be done Marrero Marta E / Prince

 

“Ela Voltou de Perna Bamba” viraliza no TikTok

Alcançar milhões de streams e aparecer em destaque nas principais plataformas é usual para artistas já consagrados, mas quem é o dono – ou os donos – do hit “Ela Voltou de Perna Bamba” que tomou conta do TikTok e Spotify nos últimos dias?

A resposta: DJ Pikeno MPCMC Guh SRMarkim WF e MC Pê Original, quatro jovens da periferia que viram suas vidas transformadas pelo funk.

DJ Pikeno MPC é natural da periferia de São Paulo e se interessou pela música ainda na adolescência. “Eu costumava trabalhar como guardador de carros e feirante para juntar dinheiro e bancar as minhas produções em alguns estúdios”, conta.

Aos 13 anos decide aprender a criar suas próprias batidas e produções usando um app de vídeo e o celular. Em 2019, emplaca o primeiro hit – “Oh Maluca” – em parceria com MC Levin e MC 12 e chama a atenção da Ritmo dos Fluxos que o convida para fazer parte do cast do selo. A parceria resultou em uma sequência de hits, como “Pok Pok de Bandido”, ” Melodia Sinistra”, “Cara de Princesinha”, e “Fogo no Parquinho”.

Com uma história semelhante, MC Guh SR também é natural da periferia de São Paulo e descobriu a paixão pela música ainda na adolescência.

“Eu e meu primo ficávamos na escada da casa dele fingindo fazer shows pra um monte de gente e escrevíamos algumas músicas, mas eram tão ruins que acabávamos esquecendo delas (risos). Mas o funk começou a ganhar espaço na TV e percebi que muitas pessoas estavam mudando de vida cantando, então resolvi me dedicar a escrever músicas”, conta.

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