A primeira fase do projeto de restauro do Museu Histórico e Pedagógico “Dr. João da Silva Carrão”, o Casarão do Salto Grande, foi aprovado pelo Ministério da Cultura. A etapa compreende a reforma da fachada lateral esquerda. As obras devem começar em 2 de janeiro de 2024 com prazo de conclusão de um ano.
O espaço é um símbolo da preservação da memória de Americana e teve sua primeira fase do projeto de restauro aprovado no dia 1º de dezembro, por meio de recursos da Lei Rouanet, que permite às empresas a dedução de até 4% do Imposto de Renda para projetos culturais. O valor total aprovado para esta fase do projeto é de R$ 2.696.146,34.
A restauração foi proposta pela empresa OES Engenharia e Construções, que já atua no projeto de restauro da Casa Hermann Müller e realizou a troca do telhado do Casarão do Salto Grande anteriormente, com produção cultural da empresa Veneciano Produção Cultural e parceria da Prefeitura de Americana e Ministério da Cultura.
“Demos um passo importantíssimo para o início das obras de reforma do nosso querido Casarão. Americana tem uma riqueza guardada lá dentro e precisamos preservar essa história. Não mediremos esforços para conseguir recursos e recuperar por completo esse que é um dos principais prédios históricos de nossa cidade”, diz o prefeito Chico Sardelli.
“Primeiramente vamos recuperar a fachada esquerda do Casarão. Depois, vamos fazer de tudo para avançar na recuperação dessa joia da nossa cidade. As próximas gerações precisam ter acesso a toda a riqueza cultural e histórica contida ali”, destaca o vice-prefeito Odir Demarchi.
Nessa primeira fase, as obras vão incluir, entre outras ações, a substituição das madeiras deterioradas que fazem parte da estrutura das paredes e sustentam o assoalho, bem como batentes, a remoção total da pintura da fachada e de cinco centímetros de espessura da parede externa. Esse material será tratado e transformado em uma nova argamassa para novo reboco da parede, devolvendo a harmonia da fachada, retirando as trincas e fissuras.
“O início desse projeto é de extrema importância para o patrimônio histórico da cidade, representando uma iniciativa vital para preservar o legado histórico, arquitetônico, inovador e cultural associado a esse marco do período canavieiro”, afirma a Secretária de Cultura de Americana, Marcia Gonzaga Faria.
O Casarão
Construído em 1810 em taipa de pilão, o Casarão foi a sede da Fazenda Salto Grande. Em 1971, foi criado o Museu Histórico e Pedagógico “Dr. João da Silva Carrão”, que permaneceu até 1974 e retornou em 1977, após reforma no prédio. O museu foi tombado como monumento de interesse histórico-arquitetônico em 1982 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) e em 2006 foi tombado também pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico de Americana (Condepham).
O acervo é composto por objetos que pertenceram a americanenses que contribuíram para a formação histórica do município. Existem desde peças que foram utilizadas na Revolução de 1932 e na 2ª Guerra Mundial, até coleções de moedas, mobiliário médico e dentário, móveis e objetos antigos.
“A restauração e manutenção deste monumento não apenas salvaguardam a integridade do bem, mas também garantem que as futuras gerações tenham a oportunidade de aprender e refletir sobre este importante capítulo da história”, completa a secretária de Cultura e Turismo.
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