A partir do dia 17, eventos, sem restrições de público e horário; assim como feiras, museus, eventos sociais, desde que não gerem aglomerações estão liberados. Com isso, opiniões se dividem e há os que ainda temem pela crise sanitária enquanto outros, passam a enxergar novas possibilidades e um recomeço. Mas, é preciso neste momento de flexibilização o que pode ocorrer?
Para o consultor de live marketing e idealizador do principal evento com foco na geração de negócios (B2B), a Expo-Retomada, essa liberação poderá ser o começo de uma importante retomada econômica, desde que feita com consciência. “Sempre destaco que os eventos B2B são indutores da economia – responsáveis por gerar negócios – e não podem ser vistos como responsáveis por aglomerações, porque este não é o propósito. E a restrição na realização de eventos nos últimos 18 meses, gerou uma grande quebra de empresas e perda para outros setores de profissionais especializados. Poucas pessoas podem ficar tanto tempo sem renda nenhuma e isso ainda terá um impacto imenso no mercado nos próximos meses. Mas agora é o momento da verdade para o setor, responsabilidade versus a ganância” – afirma Paulo Octávio Pereira de Almeida, diretor da Live Marketing Consultoria e um dos idealizadores da Expo-Retomada.
Assim, o que é preciso agora é que toda a cadeira produtiva comece a recuperar a confiança e isso só será possível se os protocolos de higiene e segurança forem mantidos, algo que o setor de eventos com foco em negócios se vê preparado para oferecer. Recentemente, durante a Expo-Retomada todos os principais players do setor de eventos estiveram reunidos para discutir e fomentar a atualização de conhecimento e a vivência de protocolos. “Os resultados obtidos com o monitoramento a distância feito com todos que participaram do evento presencialmente foram condensados e estão sendo discutidos com interlocutores nos três níveis de poder de modo a conquistarmos uma flexibilização consciente. Somos pró legalidade”, reforça Paulo Octávio Pereira de Almeida.
Assim, o executivo enxerga que é possível que essa abertura gradual gere bons resultados, inclusive econômico. Mas, segundo ele o ponto principal é que se os organizadores de eventos não tiverem consciência do que significa respeitar os protocolos, é possível que ocorra um novo fechamento das atividades, “respeitar os protocolos significa realizar eventos menores e com mais custos para quem organiza, será que todos os organizadores de eventos estão conscientes desta situação? Quem é idôneo e responsável sabe o que significa respeitar protocolos e obter alvarás” Para concluir, Paulo Octávio reforça que é preciso reconhecer que cada setor possui o seu valor e a sua importância e que somente a indústria de eventos impacta mais de 50 setores da economia e movimenta, anualmente, no país, mais de R$ 930 bilhões, o que representa quase 13% do PIB – índice maior que o das indústrias automobilística, farmacêutica e a petrolífera -, com a geração de 25 milhões de empregos diretos e indiretos.
Saiba mais sobre Paulo Octávio Pereira de Almeida: o executivo soma mais de 30 anos de experiência no mercado B2C E B2B. Durante sua trajetória, foi responsável pela realização de shows e espetáculos de grandes magnitudes, encabeçou o projeto de um escritório de entretenimento ao vivo e de eventos corporativos até chegar à vice-presidência da Reed Exhibitions Alcantara Machado, empresa na qual gerenciou mais de 200 feiras de negócios, sendo um deles o Salão do Automóvel. Possui em seu currículo grandes empresas como Times For Fun, Dream Factory, UNILEVER. Agora é diretor da Live Marketing, e presta consultoria para o mercado de marketing e eventos.