Santa Bárbara apresenta trabalho de vigilância e controle da esporotricose animal na DRS-7 Campinas

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Santa Bárbara apresenta trabalho de vigilância na DRS-7

O DVZ (Departamento de Vigilância em Zoonoses), órgão vinculado à Secretaria de Saúde de Santa Bárbara d’Oeste, foi convidado pelo Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) Estadual a expor a experiência do Município na vigilância e controle da esporotricose animal. A apresentação ocorreu nesta quinta-feira (23), durante o encontro do Comitê Regional de Antropozoonoses, na sede do DRS (Departamento Regional de Saúde) de Campinas, do qual Santa Bárbara d’Oeste faz parte, ao lado de Americana, Nova Odessa, Hortolândia, Sumaré, Paulínia e Campinas, entre outras.

Na ocasião, a médica veterinária e chefe do Setor de Controle Animal de Santa Bárbara, Eliane Aparecida Stradioto de Andrade, apresentou o panorama da esporotricose animal na cidade, com demonstração do histórico e da distribuição da doença entre os animais no território municipal, e as ações que o município vem desenvolvendo para o enfrentamento da enfermidade, com destaque para o mapeamento de todos os casos de esporotricose em cães e gatos notificados ao Controle Animal, além da experiência exitosa no fornecimento gratuito de medicamentos para o tratamento da esporotricose animal no município.

Durante o encontro, o trabalho desenvolvido em Santa Bárbara d’Oeste foi destacado pela realização de ações inovadoras, como a formalização de um Plano Municipal de Vigilância e Controle da Esporotricose Animal, o monitoramento constante dos casos identificados e o aumento da sensibilidade da rede de atendimento para casos humanos. A comissão organizadora ressaltou a importância da experiência do município como modelo a ser seguido por outras cidades da região e do estado.

Ações

Em Santa Bárbara, técnicos do Setor de Controle Animal do Departamento de Vigilância em Zoonoses realizam visitas às residências notificadas para a entrega de material informativo e esclarecimento de dúvidas sobre a esporotricose. O setor também segue com um cronograma de palestras nas unidades escolares da cidade, além da entrega de medicamentos.

Dentre os objetivos das ações, estão conscientizar a população sobre a esporotricose e incentivar o tratamento precoce dos animais acometidos pela doença. A esporotricose felina é uma doença de notificação obrigatória na cidade — Lei Municipal nº 4394/2023 — e todos os casos suspeitos ou confirmados em animais (cães e gatos) devem ser notificados pelo profissional responsável via e-mail [email protected]

A doença

A esporotricose é uma zoonose causada por um fungo do complexo Sporothrix, encontrado no solo, associado a restos vegetais. No Brasil, o principal causador da micose é o Sporothrix brasiliensis. Atualmente, o felino doente é considerado o principal transmissor da doença.

Os felinos podem adquirir a micose ao enterrar as fezes em ambiente contaminado e ao afiar as unhas em madeiras com o fungo. A transmissão também pode ocorrer por mordeduras e arranhaduras de outros animais doentes. Os seres humanos podem se infectar ao manusear felinos doentes e na lida com a terra, palhas, madeiras e espinhos contaminados com o fungo. Outros animais, como os cães, também podem adquirir a doença.

Nos felinos, há o aparecimento de feridas cutâneas principalmente em focinho, cabeça e membros. Nos seres humanos, a lesão inicia-se com um pequeno nódulo vermelho que pode evoluir para uma ferida.

Tanto para os humanos quanto para os animais, há tratamento, e este se baseia no uso de antifúngicos. O início precoce do tratamento, principalmente nos animais, é fator crucial para a cura da doença.

Os principais pontos na prevenção da doença incluem:

– Usar luvas no manejo de animais doentes e na lida com a terra.
– Higienizar com água sanitária o ambiente e objetos possivelmente contaminados.
– Os animais, principalmente os felinos, não devem ter acesso à rua, pois essa é a principal forma de prevenção.
– Os animais doentes não devem ser abandonados. Além do abandono de animais ser crime, existe tratamento e cura.
– Os animais que vierem a óbito pela doença não podem ser enterrados. Procure o DVZ para a incineração do animal.

Em caso de dúvidas e mais informações, as pessoas podem entrar em contato com o Departamento de Vigilância em Zoonoses, situado à Estrada da Cachoeira, 1.365, no São Joaquim, pelo telefone (19) 3454-4020. O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 8 às 16 horas.

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