Sleeping Giants diz que cortou R$139 mi que iam pra fakenews

Criado para desmonetizar conteúdo desinformativo na internet, o movimento Sleeping Giants Brasil completou três anos de existência, somando 80 campanhas com alertas a consumidores e anunciantes para o uso de publicidade em sites e perfis em redes sociais acusados de disseminar mensagens falsas e discurso de ódio.

O Sleeping Giants Brasil estima que, desde sua fundação, seus alvos deixaram de receber R$ 139,2 milhões em anúncios e campanhas de crowdfunding interrompidos pela pressão de seus apoiadores, segundo contabilização dos fundadores Leonardo Leal, Mayara Stelle e Humberto Ribeiro.

Ao todo, 1.550 empresas foram cobradas a se manifestar sobre a presença de seus anúncios em sites desinformativos. Desse total, 1.153 responderam e se comprometeram a retirar publicidade dos portais, o que representa uma eficácia de 74%. Entre elas estão companhias como Bradesco, Adidas, Ford, Fiat, Uber e Amazon.

Sleeping Giants diz que cortou R$139 mi que iam pra fakenews

No último ano, o Sleeping Giants Brasil quase dobrou as desmonetizações. O movimento estima que cerca de R$ 78 milhões deixaram de ser investidos neste tipo de conteúdo. Esse número foi de R$ 14 milhões no primeiro ano e R$ 47 milhões no segundo.

Entre os alvos do Sleeping Giants Brasil está uma gama de extremistas. Além da emissora Jovem Pan, o canal Terça-Livre, do blogueiro foragido Allan dos Santos, foi banido do YouTube e perdeu contratos com empresas como a PayPal. A plataforma de pagamentos também excluiu Olavo de Carvalho (1947-2022), que perdeu outras centenas de financiadores.

O vereador Gabriel Monteiro (PL-RJ), réu por filmar relações sexuais com uma adolescente, foi expulso do programa de parcerias do Youtube após campanha para desmonetizá-lo. O parlamentar recebia mais de R$ 300 mil, segundo seus assessores.

Outros sites que entraram na mira do movimento foram “Jornal da Cidade Online”, “Conexão Política” e “Brasil Sem Medo”. A ativista Sara Winter e o youtuber Bernardo Kuster também integram a lista.

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Este ano, o grupo também promoveu uma campanha favorável ao PL 2630/2020, o chamado PL das Fake News. Sem data para voltar ao plenário da Câmara, o projeto regula a atuação das plataformas e estabelece regras de transparência para as mesmas. O PL teve sua votação adiada em virtude da pressão das big techs e da desarticulação da base do governo.

 

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