Pesquisa inédita realizada com 2 mil pessoas pela Ipsos,
a pedido da biofarmacêutica Takeda e com a coordenação científica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), revelou que 3 em cada 10 brasileiros já tiveram dengue e 69% conhecem alguém que já teve a doença. Entre os já acometidos, 69% foram diagnosticados uma vez, 23% duas vezes e 6% três vezes ou mais.
Do total de entrevistados, 67% lembraram da dengue quando questionados sobre quais surtos de doenças são recorrentes no Brasil – índice muito superior aos 39% da primeira edição da pesquisa, realizada em novembro de 2021. 1 Quando estimulados, 99% dos brasileiros afirmam conhecer a doença. Ao mesmo tempo, 40% acreditam que o número de casos entre 2022 e 2023 se manteve e 23% que diminuiu, enquanto apenas 36% dizem que houve um aumento.
“Ainda assim, a dengue está presente na vida do brasileiro de alguma forma, seja porque já tiveram a doença, conhecem alguém que teve ou porque estão preocupados com o risco de infecção. No entanto, as medidas de controle do vetor são insuficientes e os casos só estão aumentando”, analisa Dr. Alberto Chebabo, médico infectologista e presidente da SBI. Segundo dados do Ministério da Saúde, existem mais de 1,6 milhão de casos registrados de dengue no Brasil e 1 mil mortes em 2023, superando os casos de 2022 (cerca de 1,4 milhão) e quase atingindo o mesmo patamar de óbitos (1.016).2,3
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Quando perguntados sobre quantas vezes uma pessoa pode ter dengue, 69% dos entrevistados não souberam responder, 12% disseram por um número ilimitado de vezes, 18% entre uma e três vezes e apenas 2% acertaram a resposta: 4 vezes. “Há uma falsa ideia de imunização após infecção por dengue, ou seja, a pessoa que já pegou acredita estar imune à doença. Precisamos alertar que existem quatro tipos de dengue e, portanto, cada pessoa pode ser infectada até quatro vezes”, reforça o Dr. Chebabo.
“Precisamos também esclarecer mitos relacionados ao contágio e reforçar que a dengue é uma doença democrática. Ela está presente em todo o Brasil, seja em localidades de clima quente ou frio, atingindo todas as classes sociais”, explica Dra. Rosana Richtmann, médica infectologista.
“O levantamento também mostra que aumentou a consciência do brasileiro de que a dengue pode levar à morte”, afirma Juliana Siegmann, do Ipsos. Aproximadamente 93% acreditam que ela pode ser fatal, 83% acham que pode impactar a qualidade de vida, 84% têm medo de que seus familiares tenham a doença, 76% têm medo de contraí-la e 71% acreditam que se trata de uma doença com alto risco de contágio.
A pesquisa foi realizada entre os dias 26 de junho a 31 de julho de 2023, com 2 mil pessoas, acima de 18 anos, de todas as classes sociais e regiões do país, por telefone. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Acesse a pesquisa completa aqui.
Impacto da doença nas medidas de controle
- 73% das pessoas têm conhecimento de que a picada do mosquito é a principal forma de contágio e 26% em detrimento da água parada.
- Entre aquelas que tiveram a dengue, 70% afirmam que fizeram mudanças em casa após o diagnóstico voltadas:
- 27% cuidados com os recipientes com água parada
- 12% tampar reservatórios de água
- 11% remover água parada de vasos
- 10% maior limpeza no quintal de casa
- 8% deixam garrafas com a boca para baixo
- 8% colocam areia nos vasos de plantas
- No entanto, 30% delas não realizaram qualquer tipo de medida preventiva.
Necessidade de maior conhecimento
Mitos relacionados ao contágio ainda persistem no entendimento popular.
- 43% acreditam que a dengue ocorre exclusivamente no verão
- 25% pensam que a doença só atinge pessoas das classes sociais mais baixas
- 25% que só ocorre em regiões endêmicas
- 21% pensam que a dengue não está presente onde moram
- 21% que não acontece nas cidades grandes
Em relação aos sintomas, 98% dos entrevistados disseram que buscariam cuidados especializados se desconfiassem da dengue, mas conhecem poucos sintomas associados à doença. A maioria cita febre (81%), dor no corpo/ dores musculares (57%) e dor de cabeça (39%).
Novas medidas de prevenção
Quanto às novas formas de combate à dengue, a possibilidade da vacinação contra a doença ainda é desconhecida pela maioria dos entrevistados (73%), mas entre aqueles que já ouviram falar do tema (27%), 86% acreditam na sua eficácia e se manifestam dispostos a ela.
“Vemos que a dengue é uma preocupação nacional e a população está mais atenta para as formas de controle do vetor. As campanhas de conscientização continuam sendo necessárias e precisamos unir esforços para ampliar as formas de controle da doença”, analisa Vivian Lee, diretora médica da Takeda Brasil.
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