Má postura ao usar celular pode desencadear síndrome do pescoço de texto
Ortopedista do Hospital Japonês Santa Cruz alerta sobre a importância de adotar boas práticas posturais para evitar dores na coluna
Levantamento realizado pela Organização Mundial da Saúde mostra que 80% da população já teve ou terá dor na coluna. A dor lombar é a segunda maior causa de consultas médicas, perdendo apenas para a dor de cabeça.
As causas das dores na coluna são variadas, incluindo inflamações, lesões, traumas, esforço excessivo, envelhecimento e, principalmente, má postura. “Entre as principais causas de dores nas costas estão a má postura ao dormir, questões relacionadas ao trabalho, esforços físicos repetitivos e a permanência em frente ao computador ou outros dispositivos eletrônicos, como celular, por horas sem pausas regulares”, explica o ortopedista do Hospital Japonês Santa Cruz, Dr. Caio Yoshino.
Cerca de 60 milhões de pessoas sofrem com problemas de coluna e má postura. A síndrome do pescoço de texto, um problema cada vez mais comum na era digital, afeta indivíduos de todas as idades. O uso crescente de smartphones, tablets e outros dispositivos eletrônicos leva muitas pessoas a passarem horas com a cabeça inclinada para frente, aumentando a pressão sobre a coluna cervical.
Estudos indicam que a cabeça de um adulto pesa, em média, 5 kg. No entanto, quando inclinada em um ângulo de 45 graus, essa pressão pode chegar a 22 kg, sobrecarregando a coluna e os músculos do pescoço. Isso resulta em dores, tensão e rigidez muscular na área do pescoço, ombros e coluna.
O Dr. Caio Yoshino destaca a importância de medidas preventivas para evitar a síndrome do pescoço de texto. “É fundamental adotar boas práticas posturais, como manter a tela do dispositivo na altura dos olhos, fazer pausas regulares para alongar o corpo e fortalecer a musculatura cervical com exercícios específicos”, aconselha.
Além das recomendações posturais, o tratamento para a síndrome do pescoço de texto pode incluir fisioterapia, que ajuda a aliviar a dor e restaurar a mobilidade. “A fisioterapia pode incluir técnicas de alongamento, fortalecimento muscular e terapias manuais para aliviar a tensão e melhorar a postura”, explica o especialista.
Em casos mais graves, onde há comprometimento significativo da coluna cervical, pode ser necessário o uso de medicamentos anti-inflamatórios ou até mesmo intervenções cirúrgicas. No entanto, a prevenção continua sendo a melhor abordagem.
O médico também ressalta a importância da conscientização sobre o impacto do uso prolongado de dispositivos eletrônicos na saúde. “É fundamental que as pessoas estejam cientes dos riscos e tomem medidas proativas para proteger a coluna. Educação e mudanças de comportamento são essenciais para evitar problemas futuros”, destaca o médico. “É necessário que adultos e crianças adotem hábitos saudáveis no uso da tecnologia para prevenir a síndrome do pescoço de texto. Investir em ergonomia, praticar atividades físicas regularmente e estar atento à postura são passos fundamentais para manter a saúde da coluna e evitar dores e desconfortos associados ao uso excessivo de dispositivos eletrônicos”.
Sobre o Hospital Japonês Santa Cruz
Inaugurado em 29 de abril de 1939, em São Paulo, com a missão de auxiliar os imigrantes japoneses e oferecer um atendimento médico-hospitalar de excelência no Brasil, o Hospital Japonês Santa Cruz (HJSC) se dedica a proporcionar uma vida melhor e mais saudável a toda população.
Com destaque nos serviços em oftalmologia, neurologia, ortopedia, cardiologia, entre outras especialidades, a instituição possui mais de 170 leitos distribuídos entre apartamentos, enfermarias e UTI, complementada com uma unidade específica para o transplante de medula óssea. Anualmente, a entidade realiza mais de 1 milhão de atendimentos, em mais de 40 especialidades médicas e tem em sua estrutura três pronto-atendimentos (geral, ortopédico e oftalmológico) e dois centros cirúrgicos (geral e oftalmológico), capacitados para atendimentos de alta complexidade. O Hospital Japonês Santa Cruz tem certificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA II), que atesta a segurança e qualidade dos processos assistenciais e médicos.