Vigilantes são presos por manter usuário de droga em “jaula” na linha férrea

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Vigilantes são presos por manter usuário de droga em “jaula” na linha férrea

17 de dezembro de 2024

A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Americana prendeu, nesta segunda-feira (16) quatro vigilantes patrimoniais envolvidos num suposto cárcere privado de um usuário de drogas na linha férrea, em Americana.

A Guarda Municipal de Americana foi acionada após um homem, de 27 anos, ser preso em uma cela improvisada na linha férrea, próximo ao Viaduto Centenário. No local, utilizado para abrigar uma esteira de engraxar as rodas do trem. 

Um dos guardas teria indagado os vigilantes sobre a necessidade de liberação do homem, sendo informado de que as chaves do cadeado estariam na cidade de Araraquara e que nada poderiam fazer a respeito. Os vigilantes afirmaram, ainda, que a área era de competência federal e que os guardas municipais nada poderiam fazer. 

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Um dos guardas se dirigiu ao rapaz, que afirmou que estaria preso no local desde manhã, sem comida e água. O guarda tentou retirar a vítima do local, sem sucesso e, quando informou que acionaria o Corpo de Bombeiros, um dos vigilantes empunhou uma pistola de choque. Os quatro vigilantes também estavam armados com armas de fogo. 

A DIG foi acionada para atendimento da ocorrência. O homem informou que, durante a madrugada, teria participado de uma transferência bancária na modalidade PIX, e que, horas depois, algumas pessoas o levaram para a cela improvisada na linha férrea, trancando-o até que o valor de R$ 5 mil fosse restituído. 

Diante das alegações, o Dr. Filipe Rodrigues de Carvalho rompeu o cadeado. Todos os envolvidos foram conduzidos até a delegacia para adoção das medidas cabíveis. 

Ao delegado, a vítima informou que os vigilantes tinham ciência de que ele estava na cela o tempo todo, mas nada fizeram.

Os vigilantes foram presos. Também foram apreendidas armas de fogo, coletes, aparelhos celulares e veículos utilizados pelos quatro profissionais.

A Campseg, empregadora dos vigilantes, informou que está colaborando com as autoridades na investigação do caso. A empresa lamentou o ocorrido e reforçou que repudia qualquer tipo de ação contrária aos valores contidos em seu código de ética e conduta.

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