O wasabi é um tempero oriental muito famoso mundialmente.
A iguaria tradicional é uma pasta apimentada feita à base de uma raiz verde-picante, originária do Japão, muito utilizada em restaurantes temáticos e especializados em culinária oriental.
Mas além do sabor, o wasabi também pode trazer benefícios à saúde, incluindo uma melhora na memória. Um novo estudo publicado na revista científica “Nutrients”, um dos principais componentes do wasabi, potencializa melhoras em funções mentais em idosos.
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Os efeitos do wasabi na memória
O novo estudo analisou os efeitos do 6-MSITC (6-metilsulfinilhexil isotiocianato), o principal componente bioativo do wasabi, e que possui propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Os resultados da pesquisa, obtidos através da análise de mais de setenta idosos com mais de 60 anos durante 12 semanas, observando habilidades como a função executiva, memória, atenção e velocidade de processamento após o uso do suplemento.
Dentre os benefícios cognitivos notados, a melhora da memória foi um dos mais significativos, em especial na memória de trabalho e episódica. Contudo, o estudo não identificou melhorias em áreas como atenção ou velocidade de processamento e nem se aprofundou nos mecanismos biológicos que geraram as melhorias, mas há suposições acerca das ações antioxidantes e anti-inflamatórias.
O estudo trouxe um novo agente para melhorar a memória?
De acordo com o Pós PhD em neurociências, membro da Royal Society of Biology no Reino Unido, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, o estudo é importante pois apresenta uma nova perspectiva sobre o condimento, chamando a atenção para um possível novo agente para o tratamento de declínio cognitivo, mas ainda é escasso.
“O declínio cognitivo é um processo que ocorre naturalmente com o passar dos anos, mas que afeta bastante a qualidade de vida dos indivíduos, por isso, cada vez mais novas estratégias, medicamentos e tratamentos têm sido apresentados para tentar retardar esse processo e novos estudos nessa área são importantes“.
“No entanto, este estudo, apesar de apresentar um novo composto possivelmente benéfico para tratar o declínio cognitivo, especialmente da memória, ainda serão necessários mais estudos até que ele se torne uma opção viável, para entender, por exemplo, como isso ocorre, em que doses ele pode ser benéfico e se há efeitos colaterais“, destaca Dr. Fabiano de Abreu Agrela.
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