Mais da metade dos eleitores paulistas declaram ter posição
ideológica de direita ou centro. Além disso, 68,8% afirmam não ter preferência partidária. Os dados são de pesquisa realizada pela APPC Consultoria e Pesquisa, em parceria com o consultor eleitoral Wilson Pedroso, e ajudam a construir o perfil do eleitorado do Estado de São Paulo, com reflexo nas disputas políticas, incluindo as eleições municipais de 2024.
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A pesquisa foi realizada com 1.015 moradores do Estado de São Paulo, entre os dias 9 e 15 de setembro de 2023. Foram ouvidos eleitores de 236 municípios localizados no interior, litoral e região metropolitana de São Paulo. Questionados sobre o posicionamento ideológico, os entrevistados se colocaram principalmente à direita (35,5%), seguido pelo centro (22,9%), que juntos representam mais de 58% do total. Aqueles que se posicionaram de esquerda representam 20,6%, sendo que 21% não se posicionaram.
Posicionamento ideológico /
O quanto o partido político influencia o voto
O recorte regional dos dados mostra que no interior os eleitores que se declaram de direita são ainda mais numerosos, chegando a 40% do total. Na capital, observa-se um cenário diferente, com eleitores de esquerda e de direita bem divididos, com 27,1% para cada. O consultor eleitoral e analista político Wilson Pedroso avalia que os resultados são um retrato fiel do perfil do eleitorado paulista, que tradicionalmente elege candidatos de direita com maior frequência.
“Ao fazermos um paralelo dos dados da pesquisa com os resultados de eleições no Estado de São Paulo, veremos que o posicionamento ideológico se reflete nas urnas. Vemos que os paulistas têm elegido, sucessivamente, governadores de centro-direita, desde Mario Covas até Tarcísio de Freitas. Em outro exemplo, o presidente Lula perdeu as eleições em São Paulo, apesar de sua forte relação com o estado, em especial com o ABC paulista”, pontua Pedroso.
Eleitores não declaram preferência partidária
A pesquisa perguntou a cada um dos entrevistados qual seria o seu partido de preferência. Apesar do claro posicionamento ideológico, 68,8% declararam não ter um partido preferido. Entre as legendas mais lembradas aparecem o PT, com 14%, seguido pelo PL, com 6,9%.
Outro dado importante apontado pela pesquisa é que, apesar da baixa identificação partidária, 45% dos eleitores declararam que o partido político do candidato pode influenciar o voto.
“Mesmo que poucos eleitores indiquem um partido de preferência, sabemos por meio de pesquisas qualitativas que a rejeição a determinados partidos e lideranças é importante na definição do voto, mas o peso dessa influência pode variar muito de acordo com as características locais”, conclui Hilton Cesario Fernandes, cientista político e diretor de pesquisas da APPC.
Sobre Wilson Pedroso
Wilson Pedroso é analista político com mais de 30 anos de experiência na área eleitoral e na gestão pública. Coordenou importantes campanhas políticas como as de João Doria, Bruno Covas e Rodrigo Garcia, e, por meio de suas consultorias, já orientou inúmeros políticos de várias regiões do país no desenvolvimento estratégico de campanhas. Além disso, comandou a Secretaria Particular do Estado de São Paulo entre os anos de 2019 e 2022 e foi prefeito regional da região de Sapopemba e Vila Prudente na capital, entre outros cargos que ocupou na administração pública. Nascido em São Paulo (SP), Wilson Pedroso é formado em Direito com dois MBAs nas áreas de Gestão e Marketing.
Sobre a APPC
A APPC é uma empresa de pesquisas de opinião com foco estratégico, formada por profissionais com larga experiência nos setores público e privado. Seus estudos na avaliação de serviços são utilizados como base para tomada de decisão por gestores de diferentes áreas, como finanças, transporte, educação, saúde, administração pública e comunicação, entre outras. Com suas pesquisas eleitorais, qualitativas e quantitativas, e seu conhecimento adquirido em dezenas de campanhas eleitorais que vão de vereadores a presidentes, a APPC oferece a seus clientes informações valiosas e orientações que vão muito além dos números, em uma parceria real na busca dos seus objetivos.
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