A Comissão de Ética da Câmara de Santa Bárbara d’Oeste arquivou o caso envolvendo o vereador Felipe Corá (Patriotas) sem sequer ouvir as denunciantes, as vereadoras Esther Moraes (PL) e Kátia Ferrari (PV). As vereadoras pediam a cassação do mandato de Corá.

Ao conversar com o NM, Esther afirmou que o arquivamento aconteceu sem que a Comissão ouvisse sua versão.

O arquivamento foi assinado pelo relator da Comissão de Ética, o vereador Celso Ávila (PV), que alegou no documento que não foi possível a identificação exata da fala de Felipe Corá. Na oportunidade, enquanto a vereadora Esther usava a palavra durante a sessão, Felipe Corá pediu para que a vereadora “latisse mais”.

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CONFISSÃO. O vereador Celso Ávila usou a justificativa mesmo com a existência de um vídeo gravado pela reportagem do NM em que Felipe Corá admite sua fala e, inclusive, pede desculpas a Esther, o que contradiz, de forma clara, o relatório da Comissão de Ética para o arquivamento do caso.

Outro ponto obscuro no arquivamento da investigação é que, no dia do ocorrido, o próprio presidente da Comissão de Ética, o vereador Reinaldo Casimiro (Podemos) e os membros Jesus Vendedor (Avante) e Carlão Motorista (Republicanos) presenciaram as falas de Corá e mesmo assim assinaram o relatório pelo arquivamento com a justificativa duvidosa.

Por ser presidente, Casimiro não tomou nenhuma providência para que as denunciantes fossem ouvidas antes da decisão do arquivamento.

A reportagem do NM entrou em contato com a assessoria do vereador relator do processo Celso Ávila para saber o motivo da comissão não ter escutado as denunciantes, mas não obteve retorno.

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“Late mais”. Comissão de Ética não ouviu denunciantes para arquivar caso Corá

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