O brasileiro Vini Jr, craque do Real Madri, foi novamente alvo de racismo

na Espanha. O caso ganhou repercussão e o atacante se sentiu ofendido até pelo presidente de La Liga (que organiza o campeonato de clubes do país). Mas em seu favor saíram o presidente Lula, o técnico de seu time, Carlo Ancelotti e o craque Neymar.

 

Vini Jr chegou a conversar com parentes e seu estafe se não está na hora de deixar a Espanha e partir para outra liga. Vários clubes europeus (Real Madri inclusive) também demonstraram solidariedade a Vini. O clube que o acolheu na Europa entrou com ação na Justiça para preservar o atleta.

COMO ACONTECEU– Aos 27 minutos da segunda etapa, torcedores do Valencia iniciaram gritos racistas contra o atacante. O jogo foi paralisado por cerca de nove minutos e retornou após conversas do árbitro Ricardo de Burgos Bengoechea com Vini e com Carlo Ancelotti, treinador merengue. No fim do jogo, ainda houve tempo para o brasileiro ser expulso após discussão com Hugo Duro. O valenciano aplicou um mata-leão em Vinícius, que ao sair da chave, acertou o rosto do adversário. O VAR, porém, apenas induziu Bengoechea à expulsão do camisa 20 do Real, que deixou o campo de jogo respondendo às provocações e aos gritos da torcida com um sinal de “segunda divisão”.

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Vini Jr e a reação contra o racismo

Experiências pedagógicas antirracistas são retratadas em livro

A experiência de professores de nove escolas públicas do município de Contagem (MG) resultou na criação do livro “Prática Antirracistas em Escolas Municipais de Contagem-MG”, disponível gratuitamente no acervo digital  Anansi – Observatório da Equidade Racial na Educação Básica.

A obra mostra os desafios apresentados pelos docentes em relação ao ensino da cultura africana e afro-brasileira. O conteúdo conta com artigos de pedagogos que refletem sobre o PPP (Projeto Político-Pedagógico) aplicado no município, além de sugerir a construção de uma nova proposta que considere o conhecimento e práticas étnico-raciais.

“Embora seja possível afirmar avanços nos discursos sobre igualdade, diversidade e equidade nos marcos legais da educação brasileira, a partir da Constituição de 1988, o mesmo não se pode dizer das práticas pedagógicas e curriculares que se dão no interior de diferentes escolas. Essa assimetria decorre do fato das propostas pedagógicas, concebidas pelos sistemas de ensino, dissociarem processo e produto, quando chegam ao chão da escola”, reflete o professor e autor do livro, Erisvaldo Pereira dos Santos.

O livro também apresenta nove atividades pedagógicas bem-sucedidas aplicadas em sala de aula. Todas as iniciativas registradas mostram detalhes sobre como realizar as atividades, os materiais utilizados, os objetivos e os resultados esperados. A proposta é incentivar outros educadores a replicarem as ações com suas turmas.

Sobre o livro

A publicação foi construída ao longo de dois anos graças à pesquisa aplicada “Epistemologia Antirracistas e Projetos Políticos Pedagógicos“. A iniciativa foi uma das 15 selecionadas pelo Edital Equidade Racial na Educação Básica, apoiado pelo Itaú Social, realizada pelo Ceert (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades), em parceria com o Instituto Unibanco, Fundação Tide Setubal e o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).

Sobre o edital

O edital também selecionou nove autores para escreverem artigos científicos com diversos temas sobre relação racial, como práticas pedagógicas antirracistas, feminismo negro e representatividade na literatura infantil. Os textos receberam apoio técnico e financeiro e podem ser acessados gratuitamente no site do programa.

Acervo Digital

Ao longo do ano, a biblioteca da Anansi receberá mais de 50 produções, entre livros, teses acadêmicas, artigos, e-books, jogos didáticos e vídeos. Parte dos futuros materiais serão os resultados das pesquisas aplicadas apoiadas pelo edital Equidade Racial na Educação Básica.

 

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