As prefeituras e CMs da região ignoraram o mês do Orgulho

LGBTQIA+ com ações afirmativas e/ou educativas. Em tempos de bolsonarismo em alta e enquanto grandes empresas usaram as redes sociais para valorizar a comunidade LGBTQIA+, as prefeituras da região não adotaram medidas seja para servidores ou para o público gay e lésbico este mês de janeiro.

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Mesmo Campinas, que chegou a liderar iniciativas no interior paulista na primeira década do século, parece estar alheia ao mês do Orgulho. Empresas como Tim, Microsoft, Banco do Brasil e a ‘regional’ CPFL adotaram medidas para inserir o debate da inserção do público LGBTQIA+, as prefeituras nada fizeram este mês.

Prefeituras e CMs ignoram mês LGBTQIA+

Conheça o primeiro livro com temática homoafetiva da história

O dia 28 de junho ficou consagrado como o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+, que marca a luta pelos direitos dessa comunidade. Criada em 1970, a data teve origem na primeira marcha em defesa da liberdade gay, realizada um ano após a Rebelião de Stonewall, um episódio marcado por uma violenta operação policial em um bar frequentado por pessoas LGBTQIAPN+ chamado Stonewall Inn, em Nova York, nos Estados Unidos.

Isso foi no século XX. Contudo, 75 anos antes, em 1895, a pauta já se inseria na literatura com o primeiro romance da história ocidental, cuja temática principal é a homossexualidade: Bom-Crioulo, de Adolfo Caminha, que atualmente compõe o catálogo de um dos selos da SOMOS, a Editora Ática.

Neste livro, Amaro, um homem escravizado fugido, busca liberdade em alto-mar, alistando-se na Marinha. No entanto, o ambiente ainda lhe é hostil e Amaro continua a levar chibatadas. Nesse contexto em que a representatividade era escassa e o preconceito contra a diversidade sexual era ainda mais opressor, Amaro conhece Aleixo, um jovem e dedicado rapaz, com quem compartilha uma forte paixão.

Na pensão de D. Carolina, uma prostituta decadente que acolhe os dois amantes, eles encontram refúgio para viver seu amor. Com uma escrita intensa e uma abordagem honesta, Adolfo Caminha oferece uma perspectiva única sobre a sexualidade e as complexidades emocionais de seus personagens. O Bom-Crioulo não apenas expõe as dificuldades enfrentadas pela comunidade LGBTQIAPN+ no passado, mas também ressoa com as experiências vividas por muitos indivíduos atualmente.

E a literatura não para por aí. Muitos outros livros com a temática ganharam as estantes das livrarias nos últimos tempos. Inclusive, a Editora Ática publicou, em 2021, o livro Do jeito que a gente é, também voltado ao público adolescente. A narrativa acompanha a vida de dois jovens: Béa, uma menina de 14 anos que detesta a própria aparência, e Chico, um garoto de 17 anos que está chateado porque seu melhor amigo reagiu mal à notícia de sua homossexualidade. Seus destinos se encontram quando o pai dele e a mãe dela decidem se casar. Em suas questões internas, eles devem aprender a conviver como irmãos postiços.

Portanto, a literatura LGBTQIAPN+ está presente em qualquer época, narrativa e público-alvo. Saiba mais sobre esses livros a seguir:

1. Bom-Crioulo, Adolfo Caminha – Editora Ática

Preço: R$ 30,36 (Link para compra na Amazon)

Autores:  Adolfo Caminha

Segmento: Literatura Juvenil

Páginas: 128

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