Professora tenta apartar ‘briga’ de alunos
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A jornada de uma professora voluntária que mira no impacto social de vulnerabilizados
Engenheira de Produção por formação, Sara Izabel de Vasconcelos tem 25 anos e gosta de passar o tempo livre lendo, cozinhando, assistindo à séries e passeando com o animal de estimação. Atualmente em transição de carreira para a área de Tecnologia da Informação, a profissional adicionou à lista de afazeres mais um item: há algum tempo, tem trabalhado como professora voluntária em uma ONG de impacto social. Na Escola da Nuvem, entidade que prepara estudantes em situação de vulnerabilidade acima de 16 anos para carreiras em computação em nuvem, ela dá aulas de soft skills, as chamadas habilidades comportamentais, como comunicação, inteligência emocional e trabalho em equipe.
“Quando decidi de fato ser voluntária, minha motivação era desenvolver habilidades de comunicação, fazer networking e ganhar experiência. Mas logo na minha primeira aula, minha percepção mudou. A conexão com os alunos, a troca de vivências e experiências, o choque de realidade… Tudo isso fez com que eu notasse que estava fazendo a diferença na vida de alguém e, consequentemente, houve um grande sentimento de altruísmo”, explica Sara, que dedica cerca de 10 horas por semana para o trabalho voluntário.
Ela conta que, anteriormente, já tinha procurado outras formas de contribuir [para a sociedade] como voluntária, mas não se achava boa e se considerava sem experiência para o papel, concepção que mudou logo depois. “É lógico que há situações em que algumas habilidades específicas são necessárias, mas é importante frisar [para quem ainda não é, mas quer ser voluntário] todos os pontos que podem ser e serão desenvolvidos durante a jornada do voluntariado. Além disso, todo background pode ser aproveitado e há várias atividades diferentes a serem exercidas, então só é necessário achar a que melhor se encaixa em cada situação”, opina.
Sara relata diversas mudanças positivas ocorridas após ela ter iniciado a experiência como voluntária. Apesar de estar a pouco tempo dentro da iniciativa, ela já notou melhora nas habilidades sociais dela própria. “Minha vida foi transformada por meio do voluntariado. Desenvolvi habilidades de comunicação, pensamento crítico, analítico, escuta ativa, consciência, empatia… É impressionante como esse processo está sendo importante na minha vida e me proporcionou avanços bem visíveis. Verdadeiramente me surpreendi, pois não imaginava aprender e crescer tanto, assim como evoluir profissionalmente. Sabia que ia me desenvolver, mas não pensei que seria de forma tão rápida e gratificante.”
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