Mega-Sena da Virada: professor dá dicas de como gastar os R$ 550 milhões

Economia,

Mega-Sena da Virada: professor dá dicas de como gastar os R$ 550 milhões

27 de dezembro de 2023

R$ 550 milhões- Um (ou mais) sortudo brasileiro vai iniciar 2024

com a conta bancária bastante gorda: quem acertar as 6 dezenas da Mega-Sena da Virada vai levar para casa o prêmio esse ano. Quem quiser fazer uma “fezinha” tem até as 17 horas do dia 31 de dezembro para realizar a aposta nas casas lotéricas por todo o País, ou ainda de forma online.

Segundo o professor e coordenador do Instituto de Finanças da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), Ahmed Sameer El Khatib, o sonho de se tornar milionário é comum e pode ser impulsionado por diversos fatores, como a busca por segurança financeira, liberdade, status e a capacidade de realizar sonhos e ajudar outras pessoas.
“A literatura econômica aborda o comportamento humano em relação à riqueza e aos incentivos econômicos, mas as motivações individuais para buscar a riqueza são complexas e variadas. Muitos acreditam que a riqueza lhes trará felicidade e realização pessoal. Saindo da economia, a psicologia sugere que pessoas que sonham em ser ricas podem apresentar certas características de personalidade”, explica o professor universitário.
De acordo com um estudo publicado no British Journal of Psychology, pessoas ricas tendem a ser estáveis, flexíveis, capazes de tomar decisões independentes e mais focadas em si mesmas do que nos outros. Além disso, as pessoas podem empobrecer em termos de caráter, espírito, saúde mental e intelecto ao tentar ser ricas gastando excessivamente. Portanto, as aspirações de riqueza podem estar relacionadas a traços de personalidade, atitudes em relação ao dinheiro e motivações individuais.
QUANDO SURGIRAM AS LOTERIAS?
A loteria tem uma longa história no Brasil e no mundo. É um jogo que envolve o sorteio de números aleatórios para um prêmio, e sua história remonta a 100 a.C. na Roma Antiga e a períodos anteriores na China. Além de ser uma forma popular de entretenimento e arrecadação de fundos para causas sociais, esportivas e culturais, as loterias também têm sido usadas ao longo da história para financiar diversas iniciativas, como a manutenção de cidades, guerras e construções.
No mundo, as primeiras loterias oficiais foram registradas em países como Alemanha, Itália, França e Inglaterra, durante o século XVI, sendo a França o primeiro país a promover as loterias em 1538. A loteria mais antiga em atividade é a Loteria de Natal da Espanha, conhecida como El Gordo, que começou em 1812.
No Brasil, a primeira loteria registrada foi realizada em 1784, em Vila Rica (atual Ouro Preto), Minas Gerais, e o primeiro concurso ocorreu em 15 de setembro, no Rio de Janeiro, com um formato um pouco diferente do atual. Atualmente, no Brasil, existem 10 modalidades de loteria sorteadas semanalmente, incluindo a Mega-Sena, Lotofácil, Quina, entre outras.
“As loterias desempenham um papel importante na economia brasileira, contribuindo significativamente para a arrecadação de recursos para áreas como seguridade social, educação, cultura e esporte”, adiciona El Khatib.
O QUE FAZER COM O DINHEIRO?
Na opinião do professor da FECAP, o valor de R$ 550 milhões pode ser utilizado de diversas maneiras, como a compra de carros, apartamentos, viagens ou investimentos.
“Com esse valor, por exemplo, seria possível comprar uma grande quantidade de carros populares, adquirir vários apartamentos ou financiar inúmeras viagens ao redor do mundo. Além disso, o montante também poderia ser direcionado para investimentos em empreendimentos, ações, títulos ou outros ativos financeiros”, recomenda o docente.

Mega-Sena da Virada: professor dá dicas de como gastar os R$ 550 milhões

Confira sugestões para aplicar o prêmio:
– 76 unidades do veículo de luxo McLaren Senna (superesportivo com motor 4.0 V8 biturbo de 800 cavalos, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 2,8 segundos, e chegar a uma velocidade máxima de 340 km/h), que teve apenas 500 unidades produzidas, colocando o modelo como o mais caro do Brasil;

– 5 mil exemplares de automóveis de R$ 100 mil cada (valor médio de um HB20 novo);

– 1.000 casas de R$ 500 mil;

– 32.258 Iphones 14 Pro Max, da Apple (vendidos a R$ 15,5 mil cada na versão mais completa);

– 78.124 aparelhos Galaxys Z Fold4 5G, da Samsung (comercializado a R$ 6,4 mil).
CHANCES DE GANHAR SÃO BAIXAS
O especialista alerta quanto às dicas para ganhar na loteria: é importante ressaltar que os jogos de azar são baseados na aleatoriedade e as chances reais de ganhar são geralmente muito baixas.
A probabilidade de ganhar na Mega-Sena com um jogo normal de seis números é de apenas uma em cada 50.063.860.
Algumas estatísticas interessantes sobre a Mega-Sena incluem:
Os números mais sorteados são 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50 e 51, cada um com uma chance de ocorrer de 0,0000001%.
A maior diferença entre as frequências de cada dezena é de 85 (307-222).
Embora a probabilidade de ganhar na Mega-Sena seja muito pequena, algumas pessoas ainda tentam o fazer. Para aumentar suas chances, o apostador pode participar de bolões, que são grupos de pessoas que compartilham um conjunto de números e, assim, aumentam as chances de acertar pelo menos algumas das dezenas sorteadas. No entanto, é importante lembrar que, mesmo participando de bolões, as chances de ganhar ainda são muito baixas.
“Não há estratégias garantidas para vencer na loteria, e é fundamental jogar de forma responsável, estabelecendo um orçamento mínimo que não impacte o orçamento do apostador. Vale ressaltar a importância do jogo responsável e do uso consciente dos recursos obtidos por meio de loterias, bem como a necessidade de políticas e ações para prevenir e tratar possíveis impactos negativos do jogo excessivo na sociedade”, finaliza.

O especialista:Ahmed Sameer El Khatib é doutor em Administração de Empresas, doutor em Educação, Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC/SP e graduado em Ciências Contábeis pela USP. Concluiu seu estágio pós-doutoral em Contabilidade na Universidade de São Paulo e em administração na UNICAMP. É professor e coordenador do Instituto de Finanças da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) e professor adjunto de finanças da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

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