Continuando o texto, vamos destacar a importância específica do exercício do agachamento, inclusive na sua forma adaptada de sentar e levantar de uma cadeira, em relação à longevidade e autonomia:
Uma das atividades físicas mais fundamentais e benéficas para a melhor idade é o agachamento, incluindo a sua variante mais acessível: o exercício de sentar e levantar de uma cadeira. Este movimento simples, mas poderoso, tem uma correlação direta com a autonomia e a longevidade.
Cientificamente, o agachamento é reconhecido por fortalecer múltiplos grupos musculares, especialmente aqueles envolvidos na locomoção e no equilíbrio. De acordo com um estudo publicado no “European Journal of Preventive Cardiology” em 2014, a capacidade de sentar e levantar-se do chão sem assistência foi associada a uma menor taxa de mortalidade em adultos mais velhos. Este ato, que pode parecer trivial, é na verdade um indicador robusto da força e saúde muscular, além de flexibilidade.
A realização regular do exercício de sentar e levantar, ou agachamentos completos quando possível, contribui significativamente para a manutenção da independência funcional. Tais movimentos não apenas aumentam a força muscular, mas também melhoram a coordenação, o equilíbrio e a mobilidade geral. Isso é crucial, pois a capacidade de se mover com confiança e sem ajuda é um componente essencial da autonomia na vida diária.
Além disso, a prática desses exercícios tem impacto na prevenção de quedas, uma das principais causas de lesões graves em idosos. Ao fortalecer os músculos das pernas e melhorar o equilíbrio, o risco de quedas é significativamente reduzido, promovendo uma maior segurança e confiança na realização das atividades cotidianas.
Incorporar o agachamento ou o movimento de sentar e levantar em uma rotina regular de exercícios não é apenas uma estratégia para a preservação da saúde física. É também um investimento na longevidade e na capacidade de viver de forma independente e com dignidade. Esses movimentos são simbólicos da autonomia pessoal, representando o poder e a importância de ações cotidianas na manutenção da qualidade de vida.
Portanto, encorajar e praticar esses exercícios simples, mas eficazes, é fundamental para qualquer programa de atividade física voltado para a melhor idade. Eles representam muito mais do que um mero componente de um treino; são uma celebração da força, da resistência e da capacidade de cada indivíduo de enfrentar os desafios do envelhecimento com confiança e independência.
Em resumo, o agachamento, em suas diversas formas, é uma ferramenta poderosa na jornada rumo a um envelhecimento ativo e saudável. Ao integrá-lo na rotina diária, abrimos as portas para uma vida mais longa, mais autônoma e mais plena, reafirmando o compromisso com a saúde e a dignidade em todas as fases da vida.
Finalizo com um lema que tem guiado minha jornada tanto pessoal quanto profissional: “O mesmo coração que ama, é o coração que treina”. Este mantra reflete a essência do meu trabalho, especialmente no projeto de pesquisa em câncer de mama, onde a interseção entre atividade física e cuidado emocional se torna profundamente evidente.
No coração do nosso projeto da medicina, somado a nutrição e educação física, a atividade física transcende sua função habitual de melhorar a saúde física; ela se torna um veículo de amor, cuidado e apoio emocional para mulheres que enfrentam o desafio do câncer de mama. Aqui, o exercício é mais do que uma mera prática; é uma expressão de empatia, uma forma de ouvir e responder às necessidades não apenas do corpo, mas também da alma.
Este aspecto da minha pesquisa em medicina realça a importância da conexão humana e do apoio emocional no processo de cura. O lema “O mesmo coração que treina, é o que ama” é um lembrete constante de que nosso compromisso com a saúde deve ser tão compassivo quanto científico. Ele ressoa com a ideia de que, através do exercício, não apenas fortalecemos os músculos, mas também tecemos laços de compreensão, carinho e solidariedade.
Assim, ao abordarmos a atividade física na melhor idade, ou em qualquer fase da vida, é essencial reconhecer que cada movimento é uma oportunidade para nutrir não só o corpo, mas também o coração. Em minha pesquisa e prática, esforço-me para que cada ação reflita este lema, unindo a ciência do movimento com a arte de amar e cuidar finaliza Giulliano Esperança.