A afirmação é de José Eduardo Giraldez, CIO do Women Invest, que apresentou a palestra “Gerando renda para nossos filhos” no Z Summit, maior congresso de investimentos para jovens da Geração Z do Brasil, para explicar as vantagens e desvantagens de cada classe de ativos.
“Ações, mesmo aquelas com bons dividendos, não são a melhor opção para geração eficiente de renda: oferecem risco alto em comparação a outras classes de ativos. Nos últimos 10 anos, apresentaram retorno de 150% e volatilidade anual de 25%. Fundos imobiliários são uma opção melhor, com 155% de retorno e 8,2% de volatilidade. Na última década, o que mais valeu a pena no Brasil foi investir em títulos de renda fixa”, explica. De acordo com o especialista, neste período, o ganho do CDI foi de 142%; do Tesouro (IPCA+), 207%; dos pré-fixados (5 anos), 213%.
“É importante combinar sempre títulos públicos e privados no que diz respeito ao imposto de renda, que pode descontar até 22% do retorno líquido. Nesse caso, vale lembrar que títulos privados de renda fixa, como LCI, LCA, CRI, CRA e debênture incentivadas, são totalmente isentos”, destaca.
O Z Summit reuniu mais de 3 mil jovens no último final de semana e promoveu palestras, paineis e workshops gratuitos para jovens da Geração Z. O evento abordou o panorama de investment banking no Brasil; alocação para extrair o melhor de cada classe de ativos (ações Brasil, renda fixa Brasil, equities globais, multimercados); investimentos de impacto e propósito; private markets e impactos gerados.
Além das atividades na plenária de investimentos, o Z Summit também contou com workshops e feira de estandes, assim como um lounge voltado para os pais e mães dos jovens. Eles puderam ouvir especialistas do mercado sobre a importância de montar carteiras de investimentos para os filhos desde o momento zero, planejamento para pagar faculdades no exterior, intercâmbio e sucessão patrimonial. A neuropsicóloga Adriana Foz, especialista em jovens, abordou os aspectos emocionais na relação sobre dinheiro com os filhos.