Nova Odessa: novas informações em denúncia de Caixa 2 na campanha de prefeito
Auditor incluiu informações de dois eventos realizados e gastos não informados à Justiça Eleitoral
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A Câmara Municipal de Nova Odessa recebeu nesta segunda-feira (3) novas informações para reforçar a denúncia de possível Caixa 2 e abuso de poder econômico na campanha eleitoral de 2024 do prefeito Cláudio Schooder-Leitinho (PSD) e do vice Alessandro-Mineirinho (PP). O auditor Marcos César Seignemartin, ex-aliado da dupla, protocolou ofícios contendo novos apontamentos com relação à suposta omissão de despesas, que giram em torno de 338 mil.
Em agosto havia sido denunciado aluguel de imóvel para servir como comitê eleitoral, mas sem declarar na prestação de contas. José Jorge Teixeira, também ex-aliado de Leitinho e Mineirinho, descreve que a locação do imóvel na Vila Azenha foi feito a pedido do prefeito e do vice, para reuniões e articulação política durante o período eleitoral.
O então secretário de Finanças, Hamilton Lorençatto, entrou como fiador do contrato de aluguel. O aluguel deixou de ser pago, o proprietário cobrou a dívida e, posteriormente, houve exonerações dos envolvidos.
O denunciante pede aos vereadores a adoção de medidas, incluindo comissão que pode levar à cassação de mandato do chefe do Poder Executivo e a sua inelegibilidade por pelo menos 8 anos. Marcos César argumenta que, independente do impacto eleitoral da suposta omissão dos gastos, a situação gerou desequilíbrio na disputa eleitoral.
Eventos
Conforme protocolo na Câmara Municipal – e também ao Ministério Público -, houve dois eventos político-eleitorais realizados no ano passado. O primeiro, um encontro suprapartidário em 10 de maio e a convenção partidária que oficializou as candidaturas, em 31 de julho. De acordo com o denunciante, os gastos estimados chegam a R$ 65 mil.
O auditor ainda menciona que as despesas supostamente omitidas incluem ainda aluguel de um imóvel (R$ 60 mil), pessoal (R$ 152 mil) e funcionários (R$ 25 mil). Portanto, a soma total chegaria a R$ 327 mil. O denunciante aponta possíveis crimes de falsidade ideológica eleitoral, improbidade administrativa e uso de cargo para beneficiar doados com recursos não contabilizados.
Por fim, o auditor afirma que a Câmara Municipal tem se mostrado “morna e omissa” após receber as seguidas denúncias embasadas com evidências documentais contra Leitinho e Mineirinho. “A Câmara não realizou, até o momento, qualquer ação preliminar. E não deu andamento ao processo político-administrativo previsto no Decreto-Lei 201/67”, cita.
O Novo Momento concede o espaço caso os citados nas denúncias queiram se manifestar. Já houve contatos para isso, mas sempre que solicitado o posicionamento à Prefeitura, a assessoria se limita a dizer que o assunto é eleitoral e não de governo, mas sem indicar qual o caminho ou com quem falar.
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