Escrever bem é um ato de empatia e transformação social, pondera professora sobre a redação do Enem 2025

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Faltam poucos dias para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em todos os anos, a redação é um dos momentos mais aguardados da avaliação. De acordo com Sidinéia Azevedo, professora do Bernoulli Educação, o tema da prova costuma refletir debates sociais relevantes e exige dos candidatos uma postura crítica e propositiva.

“Os temas do Enem nunca são aleatórios. Eles dialogam com desafios reais da sociedade brasileira e convidam o estudante a pensar em possíveis soluções”, explica Sidinéia.

Segundo a especialista, alguns assuntos se destacam entre as apostas para o tema deste ano:

  • educação digital de pessoas idosas, relacionada à inclusão social e ao acesso a serviços digitais;
  • proteção da infância e da adolescência, em um ano em que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completa 35 anos e a discussão sobre exploração sexual infantil volta à pauta;
  • uso produtivo das tecnologias em sala de aula como uma questão atual, especialmente após a aprovação da lei que restringe o uso de aparelhos eletrônicos nas escolas;
  • racismo ambiental, que pode ganhar destaque diante da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que será sediada no Brasil;
  • debate sobre a inclusão de pessoas neurodivergentes, tema que ainda enfrenta invisibilidade social, mesmo com avanços legais recentes.

Leitura e repertório são diferenciais

A professora reforça que uma boa redação começa muito antes da prova. “O repertório se constrói ao longo de toda a educação básica. Ler jornais e sites de credibilidade e revisitar obras literárias ajuda o estudante a ampliar seu olhar sobre o mundo”, afirma.

Ela recomenda que os alunos analisem os temas de anos anteriores e se familiarizem com o formato da prova. “Compreender como os temas foram propostos no passado ajuda a organizar as ideias e adaptar o pensamento ao estilo do Enem.”

Estratégia e equilíbrio no dia da prova

No dia do exame, Sidinéia orienta que o candidato leia a proposta de redação e os textos motivadores assim que receber o caderno de provas. Em seguida, é indicado resolver as questões objetivas antes de redigir o texto, pois isso ajuda a estruturar o raciocínio.

“O segredo está no planejamento: rascunhar, revisar com atenção e só depois passar a limpo. A letra precisa estar legível e o texto, coeso e claro”, destaca a professora.

Para evitar erros gramaticais e de grafia, ela recomenda compreender as normas da língua, e não apenas decorá-las. Na reta final, a dica é priorizar a prática. “Não há tempo para reinventar a roda. Resolver 20 questões de cada área e escrever uma redação por semana é uma rotina eficiente e realista”, aconselha.

A docente também sugere revisar provas anteriores disponíveis no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e utilizar plataformas de estudo para acompanhar a evolução. “A redação é mais do que uma prova: é uma oportunidade de mostrar como o estudante enxerga o mundo e propõe soluções. Escrever bem é um ato de empatia e transformação social.”

Sobre o Bernoulli – O Bernoulli Educação acredita que, se o olho brilha, muda tudo. Afinal, a instituição tem como propósito formar melhores pessoas para o mundo por meio de uma educação inspiradora, oferecendo ferramentas para os alunos transformarem sua história e a sociedade. Em atividade desde 2000, o Bernoulli é um dos grupos educacionais de maior destaque no Brasil. O Bernoulli conquistou por 11 vezes o primeiro lugar nacional do Enem e é, por oito anos consecutivos, o primeiro lugar da Bahia. Como parte do seu compromisso de oferecer novas oportunidades, desde 2018 é parceiro do Ismart, entidade privada sem fins lucrativos que identifica jovens talentos de baixa renda e concede bolsas em escolas particulares de excelência. 

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