Estudo chinês revela fatores essenciais para aumentar a longevidade em idosos com mais de 80 anos
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Um novo estudo chinês traz à tona importantes descobertas sobre a longevidade de pessoas com 80 anos ou mais, destacando a relevância de um estilo de vida saudável para alcançar os 100 anos. A pesquisa, baseada no Chinese Longitudinal Healthy Longevity Survey, analisou dados de 5.222 indivíduos, dos quais 1.454 atingiram o marco centenário.
A métrica Life’s Essential 8, da American Heart Association (AHA), lista oito fatores essenciais para proteger contra doenças cardiovasculares e câncer. Entre eles, cinco estão diretamente relacionados ao estilo de vida: não fumar, praticar atividade física regularmente, manter uma dieta saudável, ter um índice de massa corporal (IMC) adequado e garantir uma rotina de sono adequada.
No estudo, foi construído um escore de estilo de vida saudável para 100 anos (HLS-100), variando de 0 a 6, que considerou fatores como o não tabagismo, prática de exercícios físicos e diversidade alimentar. Os resultados mostraram que aqueles com escores mais altos no HLS-100 tinham uma probabilidade significativamente maior de alcançar os 100 anos, com uma razão de risco ajustada (RRa) de 1,61 em relação aos grupos com maior e menor escore.
Estilo de vida saudável e longevidade
“A adesão a um estilo de vida saudável é crucial mesmo em idades avançadas”, afirma a médica Alexandra Ongaratto, especializada em ginecologia endócrina e climatério e Diretora Técnica do primeiro Centro Clínico Ginecológico do Brasil, o Instituto GRIS. “Este estudo reforça a importância de nunca fumar, praticar atividade física regularmente e adotar uma dieta diversificada para promover a longevidade”.
Ongaratto destaca ainda que, ao considerar apenas o não tabagismo, atividade física e diversidade alimentar no HLS-100, as chances de atingir os 100 anos foram ainda maiores. “Isso sugere que a personalização das avaliações de estilo de vida para diferentes faixas etárias pode ser uma estratégia eficaz na promoção do envelhecimento saudável”.
Os resultados do estudo questionam achados anteriores que sugeriam a ausência de malefícios com o consumo moderado de álcool e o efeito protetor de um IMC mais alto em populações mais velhas. “A mensagem principal é clara: nunca é tarde demais para adotar hábitos saudáveis, visto que essas são medidas que podem fazer uma grande diferença na qualidade de vida e na longevidade”, conclui a médica.
Essas descobertas reforçam a necessidade de estratégias de saúde pública que incentivem comportamentos saudáveis entre os idosos, visando não apenas aumentar a expectativa de vida, mas também garantir uma vida com mais qualidade e bem-estar.
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