Com a criação do Código de Defesa do Consumidor em 1990, o Dia do Consumidor ganhou destaque no Brasil com o objetivo de difundir e celebrar os direitos dos compradores. Com o passar dos anos, a data expandiu sua duração e assumiu uma finalidade comercial, caracterizada por uma profusão de ofertas e descontos que cada vez mais atraem novos adeptos.

Para compreender a intenção e as expectativas de compra dos brasileiros para essa data especial, o Guia dos Melhores,  plataforma de avaliação de produtos, realizou uma pesquisa com consumidores de todas as faixas etárias e regiões do país. O estudo revelou que 37,2% dos respondentes desejam realizar compras novamente, assim como em outros anos. Embora uma parcela de 3,6% dos brasileiros ainda não conheça a Semana do Consumidor, conforme indicado pelo estudo, 27,2% dos entrevistados têm a intenção de comprar nesse período pela primeira vez.  Sendo a primeira ou a segunda vez participando, ao total, cerca de 64,4% dos brasileiros pretendem fazer compras na Semana do Consumidor em 2024.

Brasileiros buscam por beleza

Diferentemente de outras datas comemorativas, como a Black Friday e o Dia das Mães, o segmento mais desejado para o período é o de moda e acessórios, com 48,7% de adesão. O setor de beleza consolidou sua presença como o preferido pelos brasileiros, com outras categorias como cosméticos (24,5%) e calçados (18%) no top 10 dos itens mais desejados para a data.

Apesar do segundo lugar, a procura por eletrônicos não fica para trás, com 28,2% de interesse. Em seguida, itens de consumo para o lar, como eletrodomésticos e casa e móveis, representam 39,1% da intenção de compra para quem deseja decorar ou equipar a residência para facilitar tarefas diárias.

Itens relacionados à saúde, lazer e educação surgem com menos expressividade entre as categorias mais desejadas. 16,4% dos respondentes demonstram interesse na categoria de farmácia e saúde para aproveitar as promoções, por sua vez, o setor de comidas e bebidas atrai o interesse de 12,4% dos consumidores. A preferência pelo setor turístico é indicada por 8,7% dos entrevistados, enquanto 8,3% manifestam o desejo de investir em educação.

São os preços baixos que motivam os consumidores a irem às compras, logo após estão benefícios como cupons de desconto e cashback. Em relação a quanto pretendem gastar, 29,8% dos brasileiros entrevistados têm a intenção de desembolsar entre R$150,01 e R$300,00, enquanto 25,1% planejam gastar até R$500,00. Apenas 18,9% estão considerando realizar compras dentro do intervalo de até R$1000,00.

E-commerces mais desejados

Os consumidores já têm em mente em qual e-commerce pretendem comprar para participar das promoções. Com 22,3% de interesse na realização de compras online, Amazon Brasil se destaca como o principal comércio eletrônico para aproveitar tanto produtos eletrônicos quanto itens de vestuário. Em segunda e terceira posição, estão Mercado Livre (17,5%) e Magazine Luiza (15,7%), fechando o top 3 com a liderança de marketplaces latino americanos.

Além das gigantes nacionais, as empresas asiáticas também marcam presença significativa na preferência dos consumidores durante a Semana do Consumidor. Em quarto e quinto lugar, Shopee e Shein representam 20,2% da intenção de compra dos consumidores.

Logo em seguida, Americanas e Casas Bahia aparecem com 6,8% e 6,2% de desejo de compra, respectivamente. Outros nomes importantes do varejo digital figuram no ranking, como Netshoes (4,2%), Renner (3,9%) e Aliexpress (3%) , alinhado ao desejo de quem busca adquirir produtos em categorias como calçados, roupas e beleza.

Para Eduardo Scherer, fundador do Guia dos Melhores e especialista em análise de produtos, é fundamental reconhecer que este período apresenta nuances distintas das demais datas comerciais, permitindo que tanto o comércio quanto o consumidor desfrutem cada vez mais dessa experiência. “Ao contrário da Black Friday, onde a compra de produtos eletrônicos é predominante e os consumidores se preparam para gastos com presentes e festas de final de ano; a Semana do Consumidor parece estar mais relacionada à transição entre o Carnaval e a Páscoa, assim como às mudanças de estações. Isso consequentemente impulsiona as liquidações de produtos como roupas de verão e calçados. Embora seja uma data comercial em ascensão em termos de popularidade, ainda precisa aprimorar seu apelo junto aos consumidores”, analisa Scherer.