O NovoMomento foi procurado por moradores de Americana, da região do Jardim Botânico, que reclamam de uma atitude de funcionários do local. Os populares informaram que foram proibidos de alimentar gatos de rua que vivem há anos no interior do parque.
Segundo os moradores, os gatos, além de indefesos e viverem em situação de risco, são alimentados por munícipes há alguns anos. Dizem, ainda, que alguns gatos, inclusive, foram castrados com dinheiro particular, ou seja, sem ajuda nenhuma do município.
A atitude causou revolta e indignação dos moradores, que falam em configurar a situação como maus-tratos e entendem que isso é uma agressão aos animais que estariam com fome. Há relatos de que já estariam em más condições depois da tal ordem.
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O NM procurou a prefeitura, que emitiu a seguinte nota sobre a situação:
A presença de animais domésticos em áreas verdes pode representar um risco à saúde pública, ao bem-estar dos animais, à preservação da fauna nativa silvestre e às suas funções no equilíbrio ecossistêmico.
A castração dos animais é uma ação muito importante para a diminuição da população de cães e gatos errantes. Neste sentido, existe um trabalho contínuo do Centro de Controle de Zoonoses com o CED (Capturar-Esterilizar-Devolver), inclusive realizado no mês passado nesta região que abrange o Parque Ecológico e Jardim Botânico.
Os animais esterilizados são identificados, portanto, caso a população encontre gatos sem essa identificação, podem acionar o CCZ para que seja realizada a castração. O telefone de contato é: 3467 1187.
A presença de animais domésticos pode representar ameaça aos animais silvestres nas áreas verdes e comprometer o papel de conservação da natureza dos parques. Cães e gatos, por exemplo, podem afugentar, atacar, ou ainda, caçar os animais silvestres, podendo gerar estresse, mutilações e até morte.
Os animais domésticos podem ainda transmitir doenças para a fauna silvestre e vice-versa, por contato direto ou de forma indireta. Algumas dessas doenças são zoonoses, ou seja, são doenças transmitidas entre animais vertebrados e pessoas representando um problema de saúde pública.
A fauna silvestre pode ser contaminada por outras doenças vindas de animais domésticos, como a cinomose, a parvovirose de cães, o FIV (vírus da imunodeficiência dos felinos), o FeLV (vírus da leucemia felina) de gatos, a esporotricose, ou, ainda, as verminoses e parasitoses.
O animal doméstico abandonado também pode se apresentar como um predador da fauna silvestre ou como um competidor por alimento, desequilibrando toda a cadeia alimentar e o ecossistema.
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