Compliance em nossa vidas – Você faz a sua parte?
Após a Operação Lava Jato, denúncias de corrupção por políticos e empresas, e tantos outros fatos de combate a falcatruas, temos a impressão de que os programas de integridade foram enfim colocados em prática por empresas e governos.
Contudo, de tempos em tempos vemos alguns deslizes ainda ocorrendo no mercado (Americanas, e outros), o que me coloca a refletir:
Eu faço a minha parte?
Então, começo a elencar alguns tópicos corriqueiros (e até tolos), mas que demonstram que não seguimos as regras mais simples, para a reflexão de todos, se realmente estamos FAZENDO A NOSSA PARTE.
Sabemos que o Brasil tem um problema cultural da lei de levar vantagem em tudo – “lei de Gerson” – e que fica evidente que precisamos pensar seriamente em como alterar a cultura em cada um de nós, em cada empresa que representamos, em cada ato praticado em sociedade.
A implantação de um programa de Compliance não depende somente de seguir a sequência teórica dos “PILARES DO COMPLIANCE”, mas sim de atuarmos efetivamente para demonstrar que o valor agregado na mudança da cultura da vantagem a qualquer custo para o valor agregado, ao final, terá um resultado muito melhor a todos, e não apenas ao “clube do Bolinha”, que sempre leva a tal da vantagem sobre os outros.
NÃO PODEMOS TER UMA CONDUTA EM CASA E OUTRA FORA DE CASA.
Vejamos se estamos realmente ajudando a implantar o COMPLIANCE EM NOSSAS VIDAS:
- Ultrapasso no trânsito em local proibido;
- Estaciono meu carro em vaga proibida (famoso “é só um minutinho”);
- Reclamo de pedintes, mas não apoio nenhuma causa séria contra a pobreza;
- Conheço histórias de taxistas mudando o percurso para engordar o valor da corrida;
- Fico quieto se o caixa me cobrar um valor menor do que o real gasto por mim;
- Faço conchavos para aumento de valores com meus fornecedores, recebendo um “por fora” dos mesmos;
- Reclamo das contas do condomínio, mas não confiro os gastos realizados e aprovados pelo síndico;
Bem, estes são apenas alguns exemplos.
Se nós não vamos sequer à reunião de condomínio reclamar do que está errado, como teremos maturidade para mudar a cultura de compliance em nossa empresa, em nossa vida?
Se você pensou de forma afirmativa em algum dos tópicos acima, vale refletir.
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