Oséias Jorge manifesta apoio a servidores após protesto contra reestruturação de cargos
Presidente da Câmara de Nova Odessa se pronunciou na sessão desta segunda-feira (24)
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O presidente da Câmara Municipal de Nova Odessa, vereador Oséias Jorge (PSD), se pronunciou durante a sessão desta segunda-feira (24) em apoio aos servidores municipais que realizaram um protesto contra o projeto de Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos que está sendo elaborado pelo Poder Executivo. A proposta, segundo as categorias, pode impactar diretamente em profissionais da educação, saúde e segurança.
De acordo com Oséias Jorge, a mobilização dos servidores é legítima e será considerada durante a análise da matéria no Legislativo. O presidente destacou que a Câmara manterá seu compromisso com a transparência e o diálogo durante toda a tramitação do projeto. “Estamos mantendo diálogo com o Sindicato. Pra que as partes sentem e arrumem o projeto”, explicou.
Segundo o presidente, Educação, Saúde e Segurança são “áreas importantíssimas” e precisam ser ouvidas. “Reafirmo meu total respeito e apoio aos nossos servidores. São profissionais que sustentam os serviços públicos essenciais e merecem diálogo, valorização e um tratamento justo”, declarou. Oséias reforçou que o Legislativo não tomará decisões sem ouvir as categorias envolvidas.
“Reitero meu compromisso em garantir que todas as decisões que passem pela Câmara sejam amplamente discutidas. Nada será votado sem responsabilidade, transparência e escuta ativa dos servidores”, afirmou. Oséias Jorge encerrou ressaltando que seguirá atuando em defesa dos trabalhadores municipais. “Estamos juntos na defesa dos direitos e da dignidade dos nossos servidores municipais”, completou.

Oposição
Durante a sessão houve posicionamentos também de vereadores da oposição ao prefeito Cláudio Schooder-Leitinho (PSD). Um deles foi André Faganello (Podemos), que parabenizou o SSPMANO (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Nova Odessa) pela assembleia realizada. “Nas reuniões preliminares foram detectadas que os servidores teriam prejuízo”, apontou.
“Estavam querendo enfiar ‘goela abaixo’. E jogando os vereadores contra os servidores. Igual fizeram no começo do ano com a revisão da remuneração”, criticou Faganello. O vereador revelou que, segundo informações da secretária de Educação, Vania Cezaretto, o Plano de Carreira do Magistério é “muito complexo” e foi adiado para 2026.
Faganello ainda menciona pautas específicas. “Espero que a administração reveja também a Saúde. Não podem tirar essa 3ª folga conquistada desde 2006. É um direito e acordo coletivo através do sindicato, não podendo simplesmente retirar através de uma canetada”, completa.
Outro vereador a se posicionar foi Elvis Garcia-Pelé (PL). “Os servidores se manifestaram e deram um claro recado à administração: não faça nada sem ter diálogo”, apontou. Conforme ele explica, as tratativas precisam ser concluídas entre Prefeitura e servidores, depois os vereadores. “Até onde sabemos não estava a contento dos servidores públicos”, descreve.
Pelé acrescenta que a articulação do projeto não estava clara. “Quando o Sindicato não é comunicado e fica sabendo que algo vai ser mudado, o clima fica ruim”, conclui. O vereador ainda criticou publicação da PMNO na qual colocava ‘culpa’ no funcionalismo em caso de eventuais paralisações e prejuízos na prestação dos serviços aos cidadãos.

Situação
Do mesmo modo, parlamentares da base governista se posicionaram. Marcelo Maito (União) citou que houve conversas com o prefeito. “Nada está sendo feito pelas costas. O Jurídico da Prefeitura tem mantido contato com representantes do sindicato dos servidores”, frisa. “Nós estamos de mãos dadas com vocês (servidores). Precisamos do serviço de vocês. E nada como ser bem reconhecidos. O melhor pra todos é o comum acordo”, defende.
A vereadora Priscila Peterlevitz (União) enfatizou a valorização dos trabalhadores. “Atrás de cada servidor tem famílias. Se a Saúde para, quem vai cuidar? Se a Educação para, quem vai educar? E se a Segurança para, quem vai proteger?”, indagou. Ela disse que os vereadores sabem da responsabilidade sobre as decisões a serem tomadas e que não há um alinhamento pleno com o prefeito.
“Os agentes políticos passam, mas os servidores ficam. Valorizar o servidor não é um favor”, ponderou Priscila Peterlevitz. A vereadora garantiu que não procedia a informação de que o projeto contendo o novo Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos seria votado nesta segunda (24). Segundo ela, não tiveram a ciência e, portanto, não votariam projeto neste momento.
A vereadora Márcia Rebeschini (União) também falou sobre o assunto. “O Dr. Gustavo (Henrique Zuccato, secretário de Assuntos Jurídicos) está sendo muito transparente com nós, vereadores”, sugeriu. “O diálogo é a base da construção. E principalmente do Plano de Carreira”, garante. No entanto, ela disse ter sido ‘pega de surpresa’ com servidores dizendo que o projeto iria para a Câmara.
“Em momento algum passaram isso pra nós”, ressaltou Rebeschini. “O que nos passaram é que talvez em período de recesso seríamos convocados pra votação do Plano (de Carreira)”, emendou. A vereadora citou que teria havido oito reuniões entre Prefeitura e Sindicato, com vereadores querendo participar para estar cientes dos detalhes do futuro projeto. “Não votaremos nada que seja pra prejudicar a categoria”, conclui.
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