Promovida anualmente, a campanha do Outubro Rosa é um movimento
internacional de conscientização para a detecção precoce do câncer de mama, tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo. No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados mais de 73 mil novos casos em 2023 – o que representa 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. Com uma alta incidência de pessoas em tratamento, cada vez mais a cannabis medicinal tem sido utilizada para ajudar nesse processo.
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Alívio nos sintomas da doença e do tratamento
Essa relação entre a cannabis e o câncer se estabelece no alívio dos sintomas decorrentes da doença e também dos tratamentos protocolares. A dor costuma ser uma das principais queixas dos pacientes, que também sofrem com outros efeitos colaterais causados pela quimioterapia e radioterapia. Náuseas, vômitos, perda de apetite, ansiedade e depressão costumam acometer essas pessoas, que têm sua qualidade de vida bastante comprometida por conta desses sintomas. De acordo com André Cavallini, médico da Gravital, primeira clínica voltada ao tratamento com cannabis medicinal no Brasil, a cannabis pode agir nos sintomas provocados pelos efeitos colaterais do tratamento da doença. “Ela atua positivamente na analgesia, que é a melhora da dor, e também funciona como um antiemético, pois melhora a náusea, algo que é bastante comum após sessões de quimioterapia”, explica ele.
Isso acontece pelo fato de a cannabis trazer o equilíbrio do sistema endocanabinoide, o que possibilita melhorias para a qualidade de vida do paciente. Os receptores canabinoides presentes no organismo, quando ativados, atuam na interrupção da condução da dor e na inibição de substâncias inflamatórias, causando um efeito analgésico, por exemplo. De acordo com o médico, as dosagens do medicamento e os resultados são muito individuais, o que torna difícil avaliar com precisão quanto tempo levará para que o medicamento funcione para cada indivíduo. “Cada pessoa é diferente e tem uma química corporal única. As pessoas também têm dietas e estilos de vida variados e lutam contra diferentes problemas de saúde”, explica. Ele, porém, afirma que a cannabis vem sendo utilizada de forma satisfatória em pacientes com câncer, que têm conseguido obter mais qualidade de vida, mesmo enfrentando a doença.
Para quem deseja iniciar um tratamento com cannabis medicinal, é indicado procurar um profissional habilitado para avaliação e prescrição do medicamento. Por se tratar de uma terapia complementar, o acompanhamento deverá ser feito paralelamente ao tratamento oncológico.
Sobre a Gravital
Fundada no Rio de Janeiro em 2019, a Clínica Gravital é a primeira clínica médica focada em tratamento à base de cannabis medicinal do Brasil. Possui hoje seis unidades no País: Rio de Janeiro, São Paulo, Sorocaba (SP), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e Natal (RN). Oferece consultas presenciais e a distância, através de telemedicina.
Com uma equipe multidisciplinar, atende pacientes em tratamentos de condições clínicas como insônia, doenças autoimunes, dores crônicas, fibromialgia, enxaqueca, autismo, doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer, entre outras. Quase 7 mil consultas já foram realizadas pela rede, que tem mais de 30 médicos e mais de 10 especialidades diferentes. Possui também o Clube Gravital, primeiro serviço de saúde por assinatura focado em terapia à base de cannabis no Brasil.
Câncer de mama diagnosticado cedo tem melhor prognóstico para a paciente e tratamento 237% mais barato
Desde o início da década de 1990, o mês de outubro é lembrado pela luta contra o câncer de mama, com a campanha do Outubro Rosa, cujo objetivo é de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença, além de proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento, contribuindo para a redução da mortalidade.
A Funcional Health Tech, pioneira e líder em programas de acesso e adesão e em data driven care no Brasil, realizou um levantamento inédito com mais de 7 milhões de vidas que fazem parte da sua base de dados de Health Analytics que apontou que o custo médio da cirurgia de mastectomia (retirada total da mama realizada em casos de câncer avançados), é de R$ 33.070, cerca de 237% maior do que a quadrantectomia (retirada do quadrante onde o tumor está localizado realizado em casos iniciais), que é de R$ 9.820.
Vale destacar que estamos comparando apenas os custos da cirurgia com internação e os casos mais avançados podem somar ainda tratamento com quimioterapia, imunoterapia e/ou radioterapia. Segundo pesquisas realizadas pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), os casos diagnosticados em estágios iniciais no Brasil resultam em custos médicos até 50% menores em comparação com tratamentos avançados, além de oferecer maiores chances de cura e melhor qualidade de vida às pacientes.
De acordo com Alexandre Vieira, médico, Chief Health Officer e Diretor de Analytics na Funcional, o tratamento tende a ficar mais caro de acordo com estágio da doença, que quanto mais avançado requer um número maior de sessões de quimioterapia e/ou radioterapia, medicamentos específicos e um tratamento mais intensivo e particular necessitando de mais cuidados. “Essas estatísticas ressaltam a necessidade contínua de desenvolver abordagens eficazes e acessíveis para o diagnóstico precoce e tratamento do câncer de mama, pensando principalmente no bem-estar das pacientes. Como consequência, teremos a diminuição do custo para o sistema de saúde”, reforça.
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