O conforto do piso vinílico para os ambientes residenciaisLeia + sobre moda e casa |
|
Embora a lista dos bons motivos para escolher o material seja extensa, a arquiteta Cinthia Claro destaca a estética realista da madeira e o bem-estar térmico |
|
|
|
Nas obras residenciais, o piso vinílico ganhou fama como uma possibilidade frente ao piso de madeira natural. Nesse apartamento, a arquiteta Cinthia Claro utilizou o material para recobrir a área social do apartamento, o corredor e os dormitórios | Foto: Erika Waldmann |
|
Andar descalço em casa é, sem dúvida, uma das atividades que mais exala despojamento e a liberdade ao morador. Por este e muitos outros motivos, o piso vinílico é frequentemente adotado nos projetos de interiores quando a intenção é propiciar o efeito de um piso ‘quente’. Segundo a arquiteta Cinthia Claro, responsável por seu escritório homônimo, o revestimento faz parte dos projetos brasileiros há bastante tempo e afirma que o mercado dispõe de tipologias muito bem desenvolvidas, sempre acompanhadas pelos aspectos de aconchego e naturalidade. “Também preciso mencionar como pontos positivos a resistência e as variações de formatos e desenhos“, diz. Além da madeira, que ganhou uma gama de espécies reproduzidas fielmente no material, como os detalhes fidedignos como os veios, ela menciona o efeito pedra e o acabamento cimentício, entre outros, como variações de acabamentos. Além disso, a profissional enfatiza a durabilidade, agilidade na instalação, o fato de ser atóxico, hipoalergênico, além de contribuir para o bem-estar acústico do ambiente. “Vale destacar que ele é resistente à umidade, seguindo as orientações técnicas, e algumas marcas já contam com resistência aos raios UV”, acrescenta.
Piso vinílico é tudo igual? |
|
|
|
Sem dúvidas, o piso vinílico é um dos revestimentos mais queridinhos para o piso de dormitórios, assim como a arquiteta Cinthia Claro realizou nesse projeto | Foto: Erika Waldmann |
|
A resposta é não. Cinthia menciona que as diferenças básicas se concentram nos formatos – réguas, placas e mantas –, e o modo de instalação. O primeiro deles é o vinílico colado, que é instalado sobre o contrapiso regularizado e fixado por meio de adesivos específicos. “Essa opção é encontrada tanto em réguas, como em placas“, explana Cinthia. Outra possibilidade é o clicado que, no formato de réguas, se constitui em um sistema de encaixes, conhecido como ‘macho-fêmea’, que se prende ao contrapiso e dispensa o uso de cola. “Atualmente, alguns modelos de vinílico clicado já possuem bases rígidas que não demandam a regularização do contrapiso“, orienta. Com um visual mais uniforme, a versão em mantas é ideal para ambientes hospitalares que requerem um controle maior da higiene. “Além da fixação no contrapiso, é possível que esse vinílico sobreponha pisos cerâmicos existentes, desde que estejam firmes e sejam nivelados”, revela a arquiteta.
Por que escolher o piso vinílico? |
|
|
|
No closet desse dormitório, a arquiteta Cinthia Claro investiu na paginação espinha de peixe para a instalação do piso vinílico | Foto: Erika Waldmann |
|
Somando-se às prerrogativas já mencionadas pela arquiteta, é inegável que a rapidez na colocação posiciona o vinílico como material perfeito para reformas de curtíssimo prazo, assim como por seu excelente custo-benefício frente aos pisos de tacos, assoalhos ou pisos prontos. “É uma alternativa viável e que não perde nada para o elemento natural. Sem contar que, de certa forma, também se mostra como escolha sustentável“, argumenta. No dia a dia, o material não traz dificuldades para sua manutenção. Muito pelo contrário, o processo de limpeza é completamente sem segredos, já que o uso de um pano úmido e um balde de água com produto neutro é suficiente para a higienização. Para tutores de animais de estimação – especialmente os cães –, que se preocupam com a limpeza após um xixi diretamente no piso, o vinílico também é adequado, já que não mancha. Água e piso vinílico são uma combinação factível? |
|
|
|
No projeto deste apartamento, a arquiteta Cinthia Claro criou uma transição harmoniosa entre o piso vinílico da sala e o porcelanato da cozinha. Para garantir segurança, foi necessário realizar o nivelamento durante a reforma, já que os dois materiais possuem espessuras diferentes e poderiam gerar um pequeno desnível, aumentando o risco de acidentes | Foto: Erika Waldmann |
|
Sim, mas sempre com a consciência da parcimônia. Embora existam vinílicos resistentes à umidade (incluindo algumas marcas que possibilitam o hábito de lavar), permitindo sua colocação na cozinha, por exemplo, de modo geral Cinthia frisa que a conduta não deve ser como o costume brasileiro: esfregar o piso com vassoura com bastante água. “Nas mudanças arquitetônicas que estamos vivenciando, os novos imóveis são concebidos pensando em uma manutenção menos abrasiva“, avalia. “E definitivamente isso não prejudica o desejo de uma casa impecavelmente limpa“, complementa. Ainda assim, ela fala que o vinílico do tipo colado permite a lavagem, desde que não fique submerso por longos períodos. Nesse caso, a arquiteta recomenda evitar o exagero no volume de água e que a finalização deve ser feita com um pano seco. Algum outro detalhe específico a ser observado? |
|
|
|
Na conexão entre o vinílico e outro material, a arquiteta Cinthia Claro recomenda a transição direta, sem a necessidade do uso de perfis. Nessa sala integrada com a cozinha, o vinílico se encontra com o porcelanato presente na varanda | Foto: Erika Waldmann |
|
Assim como tudo tem os seus prós e contras, a profissional reitera que essa relação também se aplica ao piso vinílico. No caso do clicado, ela ressalta a importância de utilizar perfis na transição com soleiras ou na continuidade com pisos frios. “Essa falta de cuidado compromete a composição estética”, detalha. E ainda que um dos benefícios do vinílico seja a facilidade para a limpeza, ela recomenda evitar o acúmulo de sujidades que possam riscar a superfície.
Muito além do piso Nos projetos de interiores, os revestimentos de madeira e pedra também ocupam espaço nas paredes e no teto. A arquiteta diz que o mesmo se replica ao vinílico, que em ambos os casos só precisa de uma cola específica para a aderência em cada situação.
Sobre a arquiteta Cinthia Claro Formada em design de interiores pela Escola Panamericana de Artes e, posteriormente em Arquitetura e Urbanismo, Cinthia Claro comanda seu escritório homônimo com atuação voltada para a execução de projetos de arquitetura residencial, design de interiores e comercial. Como características do trabalho realizado por ela e sua equipe, prevalece o respeito ao perfil do cliente, de forma a suprir todas as suas necessidades e particularidades. Os projetos são realizados de forma personalizada, priorizando relações entre estética e soluções técnicas, criatividade e excelente custo x benefício. @cinthia.claro + NOTÍCIAS NO GRUPO NM DO WHATSAPP |
Piso vinílico: 5 motivos para apostar neste revestimento
