Volkswagen: para especialista em IA, em 2023 até os mortos trabalham!
Implicações éticas e humanas acerca do uso de tecnologia
Para Guilherme Silveira, CIO da Alura, maior ecossistema de aprendizado em tecnologia do Brasil, tudo começa com um questionamento, a Inteligência Artificial (IA) tem esse direito? Para o especialista, para além da comoção, há um outro lado humano que precisamos olhar, o do trabalho pós-vida, desta vez de uma forma que não foi prevista e escolhida por aquele que já não está no mundo vivos.
“Existem implicações humanas que vão além da implicação mercadológica do direito do uso de imagem de uma pessoa falecida. No mundo dos mágicos, por exemplo, eles guardam um material para ser lançado apenas após a morte, como uma forma de sustentar a família. Assim como eles, muitos artistas e pessoas públicas pensam em vida no que deixar para seus entes queridos depois de morrer. Mas o que nunca vimos é os mortos trabalharem”.
Ainda para o especialista, estamos vendo dia após dia o direito das pessoas descansarem ao se criarem novas imagens de momentos que nunca foram vividos. Ainda colocando em risco a lembrança que as pessoas possuem de determinado artista, podendo-se criar memórias que nunca existiram e colocando a personalidade em questão em apagamento. “Será que é assim que ela gostaria de ser lembrada? Os vivos podem decidir pelos mortos?”, indaga.
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Para Silveira, precisamos sempre nos lembrar do potencial destrutivo do uso inadequado dessas técnicas e da necessidade de obter autorização das pessoas envolvidas antes de realizar testes ou experimentos com suas imagens. “Existem algumas diretrizes para projetar, desenvolver e implementar sistemas de inteligência artificial com ética, para produzir resultados que sejam imparciais, justos, diversos e legais de forma a expandir os benefícios da IA na sociedade”, conclui.
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