30% dos brasileiros convivem com algum tipo de alergia
Leia+ Sobre saúde aqui no NMomento
No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) 20% das crianças e 30% dos brasileiros convivem com algum tipo de alergia. Entre esses casos, as alergias de pele estão entre as mais frequentes, afetando crianças, adultos e idosos de forma indiscriminada.
Com a proximidade do Dia Mundial da Alergia, comemorado todo dia 8 de Julho, a dermatologista Dra. Mariana Scribel, CEO da Clínica Scribel, alerta que até mesmo atividades cotidianas, como o uso de cosméticos ou exposição ao sol, podem desencadear reações alérgicas.
As alergias de pele são reações do sistema imunológico a substâncias que, em geral, não causariam problemas para a maioria das pessoas. De acordo com a Dra. Scribel, “as alergias de pele são muito mais comuns do que se imagina e podem impactar significativamente a qualidade de vida do paciente. Estar atento aos sintomas e buscar um tratamento adequado é essencial”.
Tipos de alergias de pele
Entre os tipos mais comuns de alergias de pele estão:
Dermatite atópica (ou Eczema): Tipo de alergia de pele mais frequente em crianças, afetando 20% delas, que se caracteriza por vermelhidão, coceira intensa e descamação.
Urticária: Surge na forma de vergões avermelhados ou rosados, que provocam coceira intensa. Pode ser causada por medicamentos, alimentos ou picadas de insetos.
Dermatite de contato: Provocada pelo contato com substâncias irritantes ou alérgenos, como bijuterias, produtos de limpeza ou cosméticos.
Fotodermatite: Uma reação ao sol, geralmente associada a medicamentos ou produtos como perfumes.
“As pessoas não imaginam que itens comuns, como uma bijuteria de níquel ou um creme com perfume forte, podem causar essas reações. Por isso, a avaliação dermatológica é tão importante, para entender as causas e evitar crises futuras”, destaca a Dra. Mariana.
Principais sintomas
Embora os sintomas das alergias de pele possam variar, eles possuem alguns pontos em comum, como coceira, vermelhidão, inchaço e descamação. Segundo a Dra. Mariana, “é essencial identificar os sintomas logo no início, já que alergias negligenciadas podem se agravar e até causar complicações, como infecções”.
Ela ainda alerta: “Jamais use medicamentos ou pomadas sem saber o diagnóstico e sem prescrição médica. Produtos inadequados podem agravar as lesões, dificultando o tratamento”. Por isso, ao perceber qualquer alteração na pele, procure ajuda médica imediatamente.
Quem é mais afetado?
As alergias de pele podem atingir qualquer pessoa, mas apresentam alguns padrões de prevalência, como nas crianças, que são mais propensas à dermatite atópica. Já os adultos jovens e mulheres frequentemente são os mais afetados pelas urticárias. Quando o assunto são as dermatites de contato, os trabalhadores expostos a produtos químicos, como profissionais do setor de limpeza e saúde, são os que têm maior risco.
“Embora algumas pessoas tenham uma predisposição genética às alergias, fatores externos como estresse, clima e irritantes químicos também desempenham um grande papel no desencadeamento dessas reações”, explica a Dra. Scribel.
Alívio dos sintomas e qualidade de vida
Dr. Mariana reforça que o tratamento das alergias de pele deve ser sempre individualizado, conforme a condição e a gravidade dos sintoma, mas explica que as opções mais usadas costumam variar entre os medicamentos tópicos, como cremes à base de corticosteroides, para reduzir inflamação e emolientes para hidratar a pele; os antialérgicos orais, utilizados para aliviar a coceira; além da imunoterapia, usada em casos de alergias severas ou persistentes.
Há também os casos que necessitam de cuidados adicionais, como a prescrição de antibióticos, em casos de infecções secundárias ou tratamentos para controlar crises. “É crucial que o paciente não tente autodiagnósticos, pois o uso incorreto de medicamentos pode piorar o quadro. Por isso, sempre consulte um especialista”, reforça a dermatologista.
Dicas práticas
Para finalizar, Dra. Mariana prepartou algumas dicas práticas, que ajudam na prevenção das alergias, com simples mudanças de hábitos, como:
– Hidratar a pele diariamente, especialmente em áreas mais ressecadas.
– Usar o protetor solar adequadamente para evitar a fotodermatite.
– Evitar produtos com perfumes fortes ou irritantes.
– Lavar roupas novas antes do uso, removendo substâncias químicas residuais.
– Identificar e evitar o contato com alérgenos conhecidos, sempre que possível.
“Prevenir uma alergia de pele é sempre mais fácil do que tratar uma crise. Atitudes simples no dia a dia dos pacientes podem fazer toda a diferença para evitar desconfortos e complicações”, acrescenta a Dra. Scribel.
+ NOTÍCIAS NO GRUPO NM DO WHATSAPP