Em 2018, a garrafa de vinho mais cara do mundo foi leiloada
em Nova York: o Domaine de la Romanée-Conti Grand Cru, no valor de US$ 558 mil, o equivalente a cerca de R$ 2,6 milhões.
O preço exorbitante tem alguns motivos. O rótulo veio diretamente da coleção de Robert Drouhin, diretor da produtora de vinhos francesa Maison Joseph Drouhin entre 1957 e 2003.
Considerado um dos melhores vinhos da Borgonha, o Domaine de la Romanée-Conti vem de uma safra de 1945, conhecida por ter sofrido com várias mudanças climáticas, como geadas e chuvas intensas. Por isso, apenas 600 garrafas puderam ser extraídas.
Os vinhos mais caros do mundo
Além do Domaine de la Romanée-Conti, existem outros rótulos de valores impressionantes. Veja o top 5 a seguir:
1 – Château Lafite Rothschild
Em 2010, o Château Lafite Rothschild, da região de Borgonha, foi comprado por US$ 123.500 (mais de R$ 615 mil na cotação atual).
O leilão foi feito pela casa de leilões Zachys, em Nova York. A garrafa era de 1868 e estava em sua caixa original.
2 – Egon Muller-Scharzhof Scharzhofberger Riesling Trockenbeerenauslese
O alemão Egon Muller-Scharzhof Scharzhofberger Riesling Trockenbeerenauslese é de Mosel, uma região vinícola famosa pelos vinhos de alta qualidade.
Uma garrafa pode chegar a custar US$ 31.823 (R$ 158.694).
3 – Domaine Leroy Musigny Grand Cru
Mais um francês, o vinho Domaine Leroy Musigny Grand Cru é da mesma área de vinícolas do Domaine de la Romanée-Conti, a Côte de Nuits, na Borgonha.
O preço máximo da garrafa é de US$ 21.413 (R$ 106.832).
4 – Domaine Leflaive Montrachet Grand Cru
O Domaine Leflaive Montrachet Grand Cru é do vinhedo de Côte de Beaune, também na Borgonha, França.
Um rótulo pode custar até US$ 15.510 (R$ 77.345).
5 – Domaine Georges & Christophe Roumier Musigny Grand Cru
Com vinícola criada em 1924, em Côte Nuits, o Domaine Georges & Christophe Roumier Musigny Grand Cru é mais um vinho borgonhês extremamente cobiçado.
Uma garrafa tem valor máximo de US$ 17.093 (R$ 85.239).
Leilão de vinhos
Vinhos tão raros e tão caros não são vendidos em lojas comuns. Para adquirir rótulos desse tipo, é preciso entrar em leilões especializados.
Hoje em dia, as casas de leilão têm sites em que é possível consultar as datas, horários e locais dos lances. Também é recomendado fazer a inscrição com antecedência através da internet.
Quem participa de leilões convencionais deve conhecer a fundo o catálogo de produtos, para saber sobre as informações de todos os vinhos (origem, safra, armazenamento, etc).
Em alguns casos, há a degustação de vinhos, o que dá uma ótima noção aos licitantes para escolher o que querem. É preciso destacar, porém, que essa experiência deve ser paga à parte.
Mas é claro que também é possível arrematar vinhos online. Pelos sites ou por aplicativos, os interessados podem participar dos leilões e dar lances no conforto de seus lares, sempre consultando o índice de rótulos à disposição.
No entanto, a versão virtual, na maioria das vezes, conta apenas com uma única garrafa nos lotes – ao contrário dos leilões presenciais, que disponibiliza caixas em que os licitantes podem aumentar suas ofertas em um dólar, e uma série de vinhos disponíveis.
Os participantes de leilões online precisam ficar bem atentos ao status dos lances para não perder o produto para outras pessoas, já que é fácil se distrair e esquecer de verificar.
Uma vantagem dos eventos digitais é que a maioria é gratuita e aberta a um público bem maior do que os leilões presenciais, que costumam ter participantes mais exclusivos e selecionados – especialmente em grandes centros leiloeiros, como Londres e Nova York.
Quando um vinho é arrematado, isso não significa que o preço final garante, de fato, que o licitante em questão leve a(s) garrafa(s). Isso acontece porque o valor mínimo previamente estipulado para cada lote (valor de reserva) não é revelado, embora conste no catálogo.
Com isso, caso o lance seja menor que o valor de reserva, o licitante que deu o lance final fica sem o vinho – e, naturalmente, não paga nada.
Supermercado faz degustação de vinhos por R$100
Outro ponto importantíssimo a se notar é que quem fica com o produto dá um lance de valor maior que o valor de reserva, bem como deve pagar mais do que arrematou.
Isso é justificado por taxas adicionais que são acrescentadas ao valor do lance, como impostos, seguros, frete e tarifas que variam entre 18% e 24%. Por exemplo: um vinho arrematado por US$ 1.500 sai por quase US$ 2.000.
Uma boa dica é buscar os rótulos a serem leiloados no wine-searcher.com, site em que é possível consultar o valor de vinhos, cervejas e destilados. Assim, os licitantes têm alguma noção do preço de cada produto e podem analisar o que é melhor para seu bolso.
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