Após uma repercussão bastante negativa ao aprovar – na surdina -, o projeto de resolução que aumenta os salários dos vereadores de Santa Bárbara d’Oeste em 72%, o presidente Paulo Monaro (MDB) agora quer voltar atrás e “ouvir a população” sobre o assunto. A autoria do projeto é da mesa diretora da própria Câmara Municipal.

Cinco vereadores gravaram um vídeo que está circulando nas redes sociais dizendo que a decisão foi pelo “clamor da população”. Antes de votar o projeto que aumenta os salários a partir de 2025 de R$8 mil para R$15 mil, nenhum deles cogitou realizar uma audiência pública. No dia que o projeto foi votado e aprovado, nenhum deles, também, sequer discutiu a proposta, que foi aprovada em apenas 27 segundos.

Na gravação, aparecem os vereadores Eliel Miranda (PSD), Jesus Vendedor (Avante), Reinaldo Casimiro (Podemos), Isac Motorista (Republicanos) e o presidente Paulo Monaro. Apesar de falar sobre a possibilidade da revogação, no vídeo, não foi informado o que de fato será feito.

REPERCUSSÃO NEGATIVA. A maneira como o projeto foi votado, em tempo recorde e sem discussão, e, obviamente, a porcentagem do aumento, repercutiu de forma bastante negativa no município. O assunto estampou a capa dos principais meios de comunicação da região, e o parlamentares foram duramente criticados nas redes sociais.

SAIBA MAIS: Aprovado “na surdina”. Salários dos vereadores de Santa Bárbara vai para R$15 mil cada

Projeto revoga reajuste concedido a vereadores a partir de 2025
De autoria da Mesa Diretora da Câmara, a mesma que foi autora do projeto que deu 72% de aumento nos salários dos vereadores, foi protocolado, hoje (15), o Projeto de Resolução 08/2023, que dispõe sobre a revogação da Resolução 04/2023, aprovada na semana passada, a qual reajustou os subsídios dos vereadores e do presidente da Câmara para 2025.

Na exposição de motivos do projeto, os parlamentares afirmam que a Mesa Diretora decidiu propor a revogação, para que esse projeto possa ser discutido com a sociedade. Além dos subsídios dos parlamentares, eles pretendem colocar em discussão os valores recebidos pelo prefeito e pelos secretários municipais.