Nova Odessa confirma 2 casos de Leishmaniose Canina

Agentes do Setor de Zoonoses percorrem locais onde animais foram encontrados para convocar tutores a levarem cães para exames; doença é grave, mas tem prevenção e tratamento

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A Prefeitura de Nova Odessa, por meio da Vigilância em Saúde, confirmou nesta semana dois casos de Leishmaniose Canina no município. Como medida preventiva, agentes do Setor de Zoonoses do município e do Estado, estão percorrendo as áreas próximas aos locais onde os animais infectados foram identificados. As equipes estão entregando convocações aos tutores de cães, orientando-os a levar seus pets ao Serviço de Bem-Estar Animal, onde será feita a coleta de material para exame laboratorial, com o objetivo de ampliar o monitoramento e evitar a disseminação da doença.

De acordo com a diretora da Vigilância em Saúde, Joseane Martins Gomes, um dos animais foi adotado em outra cidade, com apenas quatro anos, ainda era filhote, e a suspeita é que ele tenha contraído esse parasita no parto, que é uma transmissão transplacentária, doença passada de mãe para filho. “A Leishmaniose Visceral é uma doença grave. A infecção ocorre exclusivamente por meio da picada do inseto contaminado, não havendo risco de transmissão direta entre cães ou entre cães e pessoas”, alertou a diretora.

Segundo Joseane, a investigação está sendo conduzida em parceria com a Vigilância de Zoonoses do Estado, que realiza a instalação de armadilhas nas áreas indicadas para captura e monitoramento do mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis), vetor responsável pela transmissão da Leishmaniose eque não é encontrado em Nova Odessa desde 2017.

Alerta aos sinais nos cães

Nova Odessa confirma 2 casos de Leishmaniose Canina

Entre os principais sinais de alerta da Leishmaniose Canina estão feridas que não cicatrizam, perda de peso, queda de pelos — especialmente ao redor dos olhos e do focinho —, crescimento excessivo das unhas, fraqueza, apatia e emagrecimento progressivo. Ao perceber qualquer um desses sintomas, é essencial que o tutor procure um médico veterinário, pois somente o exame laboratorial pode confirmar o diagnóstico da doença.

A prevenção é a melhor forma de proteger os animais e as pessoas. Recomenda-se o uso de coleiras repelentes com deltametrina 4%, além de manter o quintal sempre limpo, sem acúmulo de folhas, frutas caídas ou matéria orgânica. Também é importante remover as fezes dos animais regularmente, já que podem servir de criadouro para o mosquito-palha, e evitar deixar os cães do lado de fora no fim da tarde e à noite, períodos de maior atividade do inseto.

A diretora da Vigilância em Saúde reforça que não há motivo para medo ou abandono. “Os cães são vítimas da doença, não transmissores diretos. O cuidado e a prevenção são as melhores formas de proteger os animais e as pessoas”, destacou ela.

Tratamento

O protocolo normalmente inclui o uso de medicamentos específicos, como alopurinol e miltefosina, além de cuidados complementares com alimentação, higiene e ambiente. É importante destacar que o tratamento não elimina completamente o parasita, exigindo acompanhamento contínuo, exames periódicos e medidas de prevenção permanentes, como o uso da coleira repelente.

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